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Jorge Lordello dá dicas sobre segurança em entrevista no rádio (foto de Sabrina Silva/Diário de Suzano) |
Se você tiver seu celular
furtado ou roubado sabe o que fazer de imediato, para não entrem nos
aplicativos de bancos e façam transferências bancárias? O ex-delegado de
polícia Jorge Lordello, pesquisador e especialista em segurança digital, dá
algumas dicas para não “cair em roubadas” nas mãos de bandidos.
Uma das dicas de Jorge
Lordello, que se apresenta como Doutor Segurança, é procurar rapidamente algum
outro celular ou computador onde possa acessar a internet e apagar tudo o que
está baixado em seu aparelho, incluindo os aplicativos dos bancos, conversas e
fotografias. Se o celular for do modelo android deve-se acessar o site
adroid.com/find e se for smartphone acessar o site icloud.com
Apagar tudo o que tem no
dispositivo é, segundo o ex-delegado, a melhor segurança para resguardar não só
aplicativo do banco como também todas as suas informações. Pela internet, mesmo
de longe, é possível encontrar, bloquear ou limpar qualquer dispositivo Android
perdido. Mas o primeiro passo para isso é ter adicionado uma conta do Google ao
seu dispositivo – e o mais importante saber seu login e senha.
Para encontrar, bloquear
ou limpar um celular Android é necessário que ele esteja ligado, conectado ao Wi-Fi
ou dados móveis. Deve estar também com a localização ativada no aparelho.
Ao clicar no site em
Encontre Meu Dispositivo, será mostrado num mapa onde ele se encontra ou último
local em que ele foi ligado. E o usuário poderá escolher o que deseja fazer. A
opção Reproduzir Som faz com que o celular toque no volume máximo por cinco
minutos, mesmo que ele esteja no modo silencioso ou de vibração.
A opção Proteger
Dispositivo bloqueia o seu celular com o seu PIN padrão ou senha. Caso não
tenha é possível configurar uma senha remotamente. E para ajudar quem estiver
com seu aparelho a devolvê-lo é possível também adicionar uma mensagem com um
número de telefone na tela de bloqueio.
A opção Limpar Dispositivo
exclui permanentemente todos os dados do seu celular, mas não exclui os dados
do cartão de memória do aparelho, onde ficam guardados os números de seus
contatos. Depois que você limpar o celular, pagando tudo o que tem nele de forma
remota, a opção Encontre Meu Dispositivo deixará de funcionar nele.
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Doutor Segurança em frente do seu camburão (foto de Ricky Hiraoka/Veja SP) |
Jorge Lordello, conhecido
como Doutor Segurança, é bacharel em Direito pela PUC, tem carreira de mais de
20 anos como delegado de polícia em São Paulo e se transformou em escritor e apresentador
do programa Operação de Risco na Rede TV. Ele tem no Youtube o canal “Não Cai
em Roubada” que tem mais de 350 mil seguidores, onde dá dicas de segurança.
Reconhecidamente é uma das
maiores autoridades em segurança pública e privada do Brasil. É autor de
diversos livros, tais como “Como Conviver com a Violênica”, lançado em 1998 na
Bienal do Livro, e “Proteja-se: Um Passaporte para a Sua Segurança”, publicado
na Espanha e distribuído em 2002 para 18 países na língua espanhola.
Ele é pesquisador
criminal, palestrante e conferencista e já realizou treinamentos para mais de
350 mil pessoas. Também é articulista em diversos jornais, com mais de 700
artigos publicados sobre segurança.
Em 2001 foi homenageado
com o prêmio Vips no Mercosul, n categoria pesquisador criminal. Também recebeu
o título de “Policial do Ano”, em 1998 em Mogi das Cruzes, ofertado pela OAB.
Em 2002 foi homenageado com a “Cruz do Mérito Filosófico e Cultural” pela
Câmara Brasileira de Cultura e em 2009 foi agraciado com o titulo Profissional
do Ano pela Assembleia Legislativa de São Paulo.
Ex-delegado Jorge
Lordello, que se intitulada Doutor Segurança, sonhava em ter uma Veraneio,
carro que usava quando estava à frente de um distrito policial em Suzano, em
1989. Um dia um de seus 30.000 seguidores do Twitter avisou que havia achado um
modelo 1978 à venda em um site. Lordello desembolsou 15 mil reais na compra e 10
mil na reforma, para deixar o carro, que ele conta já ter pertencido à Polícia
Civil, com cara de camburão.
Para completar a ideia, ele usa um boneco no banco de passageiro ao circular pela cidade. “Quando me vê guiando o carro, o povo se impressiona, cobra soluções para a violência urbana”, relata. O ex-delegado conta que, por onde passa, chama a atenção. Curiosos querem tirar foto ao lado do carro. El foi procurado para alugar o veículo por várias vezes por algumas produtoras. Sua Veraneio participou até do filme que conta a vida do bispo Edir Macedo, da Igreja Universal do Reino de Deus. “Aquela Veraneio que aparece no filme do Edir Macedo é a minha”.
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