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Lions de Cajuru encerra atividades e doa sede para hospital da cidade

 

 

Sede do Lions Clube de Cajuru agora pertence ao hospital Santa Casa da cidade de Cajuru

O Lions Clube de Cajuru encerrou suas atividades neste domingo, dia 20 de março, após 52 anos de serviços prestados à comunidade. Um dos principais motivos foram as dificuldades em renovar o quadro associativo do clube na cidade. E um dos últimos atos da diretoria foi a decisão de doar a sede do clube para o Hospital Santa Casa, que assim irá ampliar o atendimento médico aos pacientes da cidade. O ato foi oficializado em uma cerimônia simples, mas repleta de emoção e recordações.

 A diretoria do clube se resumia nos últimos meses a presidente Lúcia Helena F. de Lima, ao secretário Luiz Felipe R. Guimarães e a tesoureira Jeanete Aparecida Hisbek e mais três diretores, não atendendo o número mínimo necessário exigido pelo Lions Internacional. Cajuru é um município de 26.000 habitantes localizado na região de Ribeirão Preto.

“Não podemos deixar de registrar a passagem de vários companheiros que tanto fizeram pelo Lions e deixaram suas marcas registradas”, afirma nota, divulgada pelo clube. “Fica nosso reconhecimento ao senhores Marcos Ussi, Flávio Graminha e Efraim Biagi Leite, que foram dedicados e reconhecidos associados”.

História do clube

O Lions Clube de Cajuru foi fundado em 17 de agosto de 1969 e recebeu sua carta constitutiva em 7 de dezembro daquele ano. Teve como padrinho Aurélio Nogueira e o Lions Clube de Mococa, que até então pertencia ao Distrito LC-5.

Foi Nilson Bernardino da Costa quem deu o início ao trabalho para aglutinar os primeiros 25 associados para se fundar o clube. O primeiro presidente foi Alfredo Ferreira Dias, que permaneceu no cargo por dois anos, até 30 de junho de 1971.

Sede própria doada

No decorrer de todos esses anos, o Lions Clube de Cajuru fez muito pela cidade, Ajudou na construção de uma nova ala para o hospital com doação de 500 sacos de cimento. Em 1979 foi construída a sede própria na gestão de Marcos Ussi.

A reportagem da Folha do Povo conversou, por telefone com Marcos Ussi, que está com 90 anos de idade e foi um dos fundadores do clube. “Os clubes de serviços vem perdendo sua finalidade de uns tempos para cá”, afirmou Ussi, que possui 52 anos de Lions. “Antigamente os clubes de serviços faziam um papel que os governo não faziam e hoje, felizmente, os governos vem fazendo em quase todos os sentidos. Tornar-se sócio de um clube tornou-se uma atividade muito onerosa para muitas pessoas. Nós temos que enviar dinheiro para a sede internacional e também enviar dinheiro para a sede do Distrito, além de arcar com as despesas de uma sede que não são pequenas”.

Mussi era presidente quando a sede do Lions Cajuru foi inaugurada. “Eu era apenas o administrador quem construiu, quem arcou com as despesas foi pessoal que era associado”. Na época do auge o clube chegou a ter quase 60 associados. A pandemia do covid-19, segundo Mussi, ajudou a agravar ainda mais a situação do clube. “Ficamos somente com quatro associados e resolvemos então entregar nosso imóvel, que vale cerca de 600 mil reais, para o hospital que atende de cinco a seis mil pessoas por mês e é muito bem administrado”.

Sede do Lions de Cajuru, avaliada em R$ 600 mil, é doada para o Hospital Santa Casa da cidade, após encerramento das atividades do clube


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