 |
Embalagens descartáveis de remédios podem ajudar instituições sociais |
O
que fazer com as cartelas vazias de remédio? Para alguns, o lixo é o único
destino provável. No entanto, para o Lions Clube Internacional ela é fonte de
renda e de ajuda para famílias necessitadas. Em parceria com alguns condomínios
residenciais de Rio Preto e região, o Lions realiza a coleta dessas cartelas,
compostas por alumínio, PVC e plástico que levam o nome de blisters.
Blister
é uma palavra de origem inglesa que significa embalagem de plástico ou alumínio
com bolhas usadas para abrigar capsulas de remédios. A maioria dos comprimidos
para tratamento de diversas doenças vem embaladas em forma de blister.
O
blister, feito de plástico e alumínio, ajuda a proteger e aumentar a vida útil
do remédio. Embaladas a vácuo, as cartelas também facilitam a contagem do remédio,
evitando uso inferir ou superior ao indicado pelo médico. Além disso, elas não
requerem caixas adicionais, reduzindo o custo de embalagem para os medicamentos.
As
embalagens de remédio não podem ir direto ao lixo comum, porque podem conter
resíduos de substâncias químicas e contaminar o meio ambiente. Elas precisam
ser descartadas em pontos de coleta, geralmente oferecidos por farmácias,
supermercados, postos de saúde, condomínios e agora também pelo Lions Clube. Esses
darão o destino correto aos remédios e às embalagens. Além dos bliters, o Lions
também realiza a campanha de recolhimento de lacres de alumínio e tampas
plásticas.
De
acordo com a engenheira ambiental Hellen Schimdt, da Novartis, em média 200
quilos de blister são descartados por dia pelos brasileiros. Material que se
chegar aos rios poderá demorar anos para se decompor no meio ambiente.
Em
geral a composição dos bliters é feita de material plástico, moldado com
cavidades para a inserção do medicamento em formato de comprimido e selado com
material laminado de alumínio. Após reciclado e derretido o resíduo aproveitado
é formado por plástico e alumínio. Em média são 85% de plástico e 15% de alumínio.
Novartis
Em
1758, Johan Rudolf Geigy fundou em Basileia, na Suiça, a empresa que levava seu
sobrenome para comercializar materiais, produtos químicos, corantes e
medicamentos diversos. Em 1996 através da fusão com a Sandoz e com a Ciba, outras
duas empresas suíças fundadas em 1886, foi criada a Novartis. A empresa está no
Brasil há 85 anos e presente em 161 países. Emprega, no mundo todo, 121 mil
pessoas.
A
Novartis é uma das empresas que compra os bliters como estratégia de eliminar o
impacto do plástico e alumínio em suas operações. O alumínio, segundo
ambientalistas, demora entre 100 a 500 anos para se decompor nos rios e o
plástico entre 200 a 450 anos.
 |
Embalagens descartáveis de remédio podem ser recicladas |
 |
A sede do Lions Centro está servindo temporariamente de depósito para as bliters |
 |
Ayrton Vignola, do condomínio Village de La Montagne, está colaborando com a campanha de recolhimento dos bliters |
 |
Embalagens descartáveis de remédios não devem ser jogadas no lixo para não poluir o meio ambiente e poder ajudar entidades sociais
|