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Milton de Carvalho, da Acomac, e o paraguaio Waldemar Garcia Netto, que realiza tratamento no Hospital do Amor e está hospedado na Casa do Maçom de Barretos |
Composta por 22 apartamentos, onde se pode se acomodar
duas pessoas, a casa foi construída com objetivo de acolher maçons e parentes
que necessitam de tratamento no Hospital do Amor de Barretos. Localizada na rua
Paraguai, 1800, no jardim Nova América, a casa recebe maçons e familiares de
todo o Brasil e até de fora do país.
No dia da visita do presidente da Acomac, oito
pessoas estavam hospedadas no local. Entre elas um maçom de Macapá, capital do
Estado do Amapá, e um paraguaio, Waldemar Garcia Netto, maçom da cidade de Encarnação.
“Sai lá do Paraguai para coincidentemente vir se alojar por uns tempos aqui na
rua Paraguai”, disse Waldemar, referindo-se ao fato da Casa do Maçom ficar
localizada na rua que leva o nome do seu país.
A obra foi idealizada pelos membros Loja Maçônica “Fraternidade
Paulista”, que tem 127 anos de fundação. Foi inaugurada em 27 de abril de 2008
com presença dos grão-mestres das três potências maçônicas paulistas. O prédio
foi construído formando o desenho de um esquadro e compasso, que somente pode
ser observado visto do alto por imagens feitas por drone ou avião.
Todos os apartamentos possuem frigobar, tv e
ventilador de teto. A casa possui cozinha e lavanderia equipada,
disponibilizadas aos hóspedes. Os quartos são disponibilizados apenas para
maçons, esposa, filhos e seus pais. A hospedagem era grátis, até pouco tempo.
Mas devido a queda na arrecadação de doações por causa da pandemia, cobra agora
R$ 15, a titulo de ajuda para quem puder pagar.
A casa oferece farto café da manhã, almoço e café da
tarde. Para atender a todos os hóspedes o local conta com seis funcionários: duas
cozinheiras, duas faxineiras, um agente administrativo e um motorista que leva
os pacientes, com veículo da instituição, até os locais de consultas e de
exames do hospital. As despesas da casa giram em torno de R$ 50 mil mensais, arcadas
por meio das lojas maçônicas da cidade e todo o Brasil.
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Milton de Carvalho, presidente da Acomac, assina o livro de visitas da Casa do Maçom João Baroni, de Barretos |
Ribeirão Preto
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Dezesseis dos 26 apartamentos da Casa do Maçom de Ribeirão Preto já estão concluídos. A previsão do restante é para ficar pronta até o final deste ano |
O organizador de eventos científicos Marco Antônio
Mauro Portela, presidente da comissão organizadora das obras, informou à Folha do Povo que
Ribeirão Preto é uma cidade onde diariamente centenas de pessoas de outros
municípios e Estados buscam tratamento nos hospitais e clínicas
ribeirão-pretanas. “Muitas dessas pessoas, porém, com dificuldades financeiras,
não têm onde ficar”, explica, ressaltando que os maçons preocupados com esse
problema resolveram edificar essa obra para acolher essas pessoas.
“Fomos lá em Barretos e vimos como funciona”, adianta
Portela. “A diferença é que a casa em Barretos oferece abrigos às famílias de
maçons e aqui em Ribeirão Preto nós vamos atender a todas pessoas que
necessitam. Não será preciso ser familiar de maçons”. Não haverá distinção de
qualquer natureza, quer de religião, seita, raça, condição social ou
nacionalidade, maçons ou não maçons.
“Vamos oferecer um local digno, bem estruturado e
gratuitamente nesse momento que é tão difícil e delicado para as pessoas que
fazem tratamento de saúde”, afirma Portela. “Acolher é um ato de amor”. O
projeto está orçado em cerca de R$ 2 milhões e, além das lojas maçônicas e doações
de maçons, teve, em sua primeira etapa, apoio da Fundação Banco do Brasil.
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Entre as lojas maçônicas que ajudaram na construção da Casa do Maçom de Barretos está a "Sabedoria e Trabalho", de São José do Rio Preto |
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Vista aérea da Casa do Maçom de Barretos. Visto por cima é nítido o desenho de um esquadro e de um compasso, símbolo da Maçonaria universal |
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Espaço interno da Casa do Maçom João Baroni, em Barretos |
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Fachada do prédio da Casa do Maçom para a rua Paraguai, em Barretos |
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Marco Portela, presidente da Casa do Maçom de Ribeirão Preto, entrega chave simbólica de um dos apartamentos para o grão-mestre João Xavier |
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Vilibaldo Faustino, diretor de Comunicação, e o presidente da Casa do Maçom de Ribeirão Preto, Marco Portela, diante das obras em fase de acabamento |