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Sites falsos de notícias não informam prestam desserviço com desinformações para os usuários da internet |
Com o intuito de identificar quais são os sites que compartilham desinformação na internet, a organização não-governamental Somos 99% ensina dicas para não cair em fakes News e criou o Ranking dos Sites de Baixa Qualidade, aqueles que geralmente publicam notícias falsas. Esta iniciativa é totalmente voluntária e conta com a colaboração e supervisão de professores, jornalistas e pessoas da comunidade para que a lista de sites falsos esteja sempre atualizada.
Grupo de interesse político se articulam e se organizam financeiramente para atingir objetos comerciais, ideológicos ou políticos próprios. Para somar forças a outras iniciativas de combate às notícias falsas como as agências Pública, Aos Fatos, Lupa, Boatos, entre outros, o grupo Somos 99% lançou recentemente a segunda versão do ranking e conta com ajuda dos internautas para monitorar, identificar e denunciar as fakes News.
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Quem repassa fake-news, além de cometer crime, ainda fica qualificado como pessoas desinformada junto aos amigos e familiares |
Todos convidados a participar
Somos 99% é uma organização de pessoas de diversas idades e regiões, sem investimento ou ligação com partidos políticos ou grandes empresas. O objetivo do grupo é criar um movimento autêntico de combate à desinformação por meio de sites e outras estratégias digitais.
“Este é um momento histórico pelo qual o Brasil está passando: chegou a hora de dizer ‘basta’ ao discurso de ódio, falta de respeito dos políticos, empresas bilionárias e tantas outras injustiças pelas quais passamos”, está escrito na apresentação do site Somos 99%. “Na nossa comunidade não existem espectadores. Todos são convidados a participar”.
“Se você acredita que informação é poder, está a fim de colaborar e não apenas assistir à ação da quadrilha da desinformação, perfis falsos, robôs e organizações que trabalham para políticos corruptos, então você está convidado a participar do Somos 99%”.
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Redes sociais como o Facebook e Whatsapp são os locais preferidos para os bandidos dispararem mentiras, se escondendo atrás de perfis falsos |
Metodologia
Escolhemos seis critérios que consideramos essenciais em um site de notícias para ter credibilidade no mundo jornalístico, acadêmico e científico. A partir destes critérios, conseguimos avaliar os sites mais compartilhados nas mídias sociais, como em páginas e grupos no Facebook, bots no Twitter e quadrilhas da desinformação monitoradas no WhatsApp desde 2018. Os critérios são:
1. Sem autor: quando o texto não possui assinatura do autor; quando o autor é um jornalista sem perfil no LinkedIn ou presença em outros sites; quando a notícia é assinada como “Redação do site XXX”.
2. Sensacionalista / Clickbait: títulos como “URGENTE”, “BOMBA”, “VIRALIZOU”; estratégia clickbait que esconde a informação principal da notícia; chamada diferente do site para o snippet compartilhado nas redes sociais.
3. Muitos anúncios: existem sites que criam notícias falsas no intuito de ganhar dinheiro com anúncios. Banners, caixa de assinatura de e-mail, notificações, botão curtir do Facebook na tela e demais pop-ups também contam.
4. Editorial falso / Sem expediente: a página "Quem Somos" ou “Sobre” do site tem apenas e-mail de contato, não fornece endereço e nem telefones e também não consta corpo editorial ou nomes de jornalistas reais e ausência de informações sobre quem é responsável pelo site.
5. Comentários anônimos / Trolls: caixa de comentários do site ou plugin do Facebook com nomes sem foto de rosto ou perfis que comentam em outros sites de baixa qualidade, com mais de 3 comentários que usam o mesmo tipo vocabulário dos trolls (intenção de provocar).
6. Ausência de fontes e referências: quando menciona outro site de baixa qualidade listado no ranking; menciona apenas o nome da fonte (sem hyperlink) e/ou distorce informações da fonte original. Também quando apresenta vídeo do YouTube de canais não verificados como fonte principal da informação.
Ranking
Confira no site Somos 99% o ranking dos sites de baixa qualidade, geralmente ligado a grupos políticos, para esparramar mentiras pela internet.