Dia 5 de junho, Dia Mundial do Meio Ambiente
Desde
5 de junho de 1972, quando era realizado em Estocolmo, na Suécia, uma das
conferências mais importantes para discutir o futuro ecológico do planeta, é
celebrado no mundo inteiro o Dia Mundial do Meio Ambiente. Combater a degradação
ambiental e restaurar os ecossistemas, como pretende a ONU (Organização das Nações
Unidas) exige de cada pessoa muita coragem, ação e espírito de lita individual
e coletiva.
“Parece
que a humanidade, representada tanto pela população em geral quanto por seus
governantes, seus empresários, suas lideranças religiosas, educadores e
organizações da sociedade civil, em todos os níveis, com raríssimas exceções,
estão em uma corrida louca, desvairada, em sua sanha destruidora da natureza,
no firme propósito de tornar impossível todas as formas de vida no planeta
Terra, incluindo o próprio ser humano”, escreveu o professor e sociólogo Juacy
da Silva, da Universidade Federal de Mato Grosso, em artigo distribuído nesta
semana à imprensa.
Segundo
dados da ONU, entre 1990 e 2017 o mundo perdeu 178 milhões de hectares de
florestas, cabendo ao Brasil a triste marca de ter desmatado, neste período,
nada menos do que 92,3 milhões de hectares ou seja 51,9% do desmatamento
mundial. “Muita gente pode imaginar que todo este desmatamento foi para
produzir alimentos e teria uma ‘função’ nobre, ou seja, para saciar a fome de
milhões de bocas famintas, principalmente mais de 600 milhões de pessoas que passam
fome, literalmente, todos os dias ao redor do mundo”, analisa o professor, acrescentando
que trata-se de ledo engano quem pensa assim.
“Os
níveis de degradação dos solos, representados pela erosão e desertificação, a
poluição do ar através da emissão de bilhões de toneladas de gases de efeito estufa,
a poluição dos rios através do uso indiscriminado de agrotóxicos, de mercúrio
em atividades de mineração e o próprio desperdício de mais de 30% de todo
alimento produzido no mundo e de mais de 40% de toda água tratada, impõem-nos
um sério desafio”
O
professor afirma que a poluição e a fome são duas mazelas relacionados com a
degradação ambiental que, sem querer subestimar a gravidade da pandemia do coronavírus,
matam a cada ano 15,7 milhões de pessoas ou 4,4 vezes mais do que a covid-19. O
professor também faz referência em seu artigo àquela fatídica reunião
ministerial, realizada em abril de 2020, em Brasília, quando se referiram ao afrouxamento
das normas legais e constitucionais para como o próprio ministro do Meio
Ambiente, Ricardo Sales, se referiu dizendo que era para “deixar a boiada
passar” enquanto a opinião pública estivesse distraída pelo noticiário da
pandemia.
“Precisamos
despertar nossas consciências, nossa cidadania, nossa capacidade de indignação
para percebermos a gravidade e a urgência dos problemas ambientais e ecológicos”,
afirma o professor. “Temos que cerrar fileiras, atentarmos para nossas
responsabilidades pessoais e coletivas... envolvendo a todos contra essa sanha
destruidora do governo e de seu atual ministro do Meio Ambiente... ou agimos de
forma responsável e urgente ou estaremos todos condenados à morte,
ambientalmente falando”.
O
presidente da Legião Brasileira da Boa Vontade (LBV), José de Paiva Netto, também
escreveu artigo e distribui à Imprensa para alertar sobre os problemas assolam
o planeta, Leia abaixo o artigo “A Terra suplica”, de Paiva Netto:
A Terra suplica...
Paiva Netto
Espírito e Ciência devem estar irmanados pela Fraternidade Ecumênica, porque a Terra suplica que vençamos os conflitos, juntemos as mãos e trabalhemos por um mundo realmente melhor, enquanto resta tempo. O aquecimento global, agravado por nós, seres humanos, continua de maneira “impecável” cumprindo a sua triste sina.
Há décadas, alerto que a destruição da Natureza é a extinção da raça humana. Daí ser o nosso brado: Educar. Preservar. Sobreviver. Humanamente também somos Natureza.
José de Paiva Netto ― Jornalista, radialista e escritor.
paivanetto@lbv.org.br — www.boavontade.com
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Cartaz de divulgação da campanha em pról do meio ambiente da LBV |