Covid-19, triste aniversário
!
* Nelson Gimenez Ribeiro
Mais de um ano se passou
desde o surgimento da Covid-19, que abalou o mundo inteiro desafiando a ciência
e os governantes. Apesar deste tempo todo o vírus continua até hoje matando
mais gente e se propagando com velocidade e letalidade cada vez maior.
Ao longo desta pandemia
marcada por protocolos, “lockdown” e o colorido das fases, a grande esperança da
humanidade era com a chegada das vacinas pesquisadas pela comunidade cientifica
mundo afora, enquanto milhares de vidas continuam sendo ceifadas diariamente.
Graças a dedicação e o
esforço dos pesquisadores as vacinas chegaram! Umas com mais eficácia outras
menos, umas em dose única outras com necessidade da segunda, umas com maior espaço
de tempo outras menos, enfim contamos com uma vacina para enfrentar o vírus.
Esperança de dias melhores, para a retomada da normalidade.
A chegada das vacinas
também serviu para mostrar aos governantes a importância da organização para
enfrentar a crise sanitária, nos países que acertaram nas condutas escolhidas a
vacinação da população foi mais célere do que em outros menos organizados como
o Brasil, onde a vacinação é lenta e descontinuada pela falta de vacinas para
atender a demanda, até o momento menos de 5% da população recebeu a primeira
dose e a segunda com percentual ainda menor.
As informações são
desencontradas, até mesmo o Ministério da Saúde se contradiz no que divulga pra
população. Um dia vai chegar mais vacinas no outro menos. Enquanto isso a
vacinação é paralisada pela falta de vacinas, evidenciando a falta de gestão de
quem tem a obrigação de comandar as ações.
Mesmo com o plano de
vacinação em andamento, ainda que com os seus problemas, o que nos assusta é o
surgimento da já prevista segunda onda que matou mais gente do que na primeira,
agravada pelo surgimento de novas “Cepas” com letalidade ainda maior.
É o caos o que estamos
vivendo no Brasil, hospitais lotados e pacientes morrendo na fila de espera por
socorro; faltam leitos, respiradores e até oxigênio! Onde chegamos?
È estranho saber que a
segunda onda já era prevista e mesmo assim os hospitais de campanha construídos
pelos governadores no inicio da pandemia foram desmontados e agora estão
fazendo falta para socorrer os infectados cujo número aumenta a cada dia mesmo
com a vacinação em andamento.
Lamentavelmente no Brasil,
há de um lado as decisões erradas dos governantes e do outro o descaso de cidadãos
que deixam de cumprir os protocolos recomendados para a prevenção do contágio,
contribuindo com esta atitude para a propagação do vírus. É absurdo quando
diante desta situação preocupante continue acontecendo festas clandestinas
principalmente com a participação de jovens sem nenhum respeito com a própria
vida e a dos outros especialmente os da própria família.
No enfrentamento desta
crise, se não houver o comprometimento de todos, governantes e de cada um de
nós, continuaremos perdendo vidas cada vez mais próximas de nós!
Mais de ano já passou
deixando marcas amargas na vida das pessoas e não sabemos ainda quando será o
fim.
Haja com responsabilidade
se proteja e proteja a vida do seu próximo.
Nelson Gimenez Ribeiro (PTB), Vice-prefeito de Adolfo -
SP