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Vacinação contra a pólio é uma das principais bandeiras do Rotary

 

Graças ao Rotary, à Fundação Rotária, aos rotarianos e as vacinas conseguiu-se erradicar em 99,9% os casos de poliomielite no mundo

A Fundação Rotária funciona como se fosse um grande banco para fomentar, com recursos a fundo perdido, projetos e ações humanitários, educacionais e de combate à pobreza. A missão é capacitar os mais de 1,3 milhões de integrantes dos cerca de 34 mil clubes de Rotary espalhados pelo mundo. Entre as principais bandeiras do Rotary e de sua fundação está as campanhas pela vacinação contra a poliomielite.

“Em Bady Bassitt graças aos recursos da Fundação Rotária o nosso Rotary Clube já conseguiu comprar e doar ambulâncias, vans e diversos equipamentos para ajudar a prefeitura a cuidar da saúde da população”, informa a presidente do Rotary Clube de Bady Bassitt, a professora Marisa Judith da Silva. “Também fizemos a adaptação de um ônibus para funcionar como a primeira biblioteca ambulante da região, além de ajudarmos instituições filantrópicas de nossa região”.

  Cada dólar contribuído à Fundação Rotária ajuda a financiar os programas humanitários, educacionais e culturais. Clubes e distritos do Rotary candidatam-se e recebem subsídios para executar projetos que visam beneficiar comunidades.

 As contribuições recebidas pela Fundação Rotária são creditadas em três fundos: um para financiar os programas; outro como previsão de fundos permanentes para garantir, a longo prazo. a viabilidade dos programas futuros; e, por último, mas não menos importante, os recursos para o Fundo Pólio Plus, destinado às iniciativas voltadas à erradicação mundial da poliomielite.

Poliomielite

A erradicação da pólio constitui uma das iniciativas mais longas e importantes da trajetória do Rotary. Junto com diversos parceiros, já imunizaram mais de 2,5 bilhões de crianças contra a paralisia infantil em 122 países.

A vacinação contra a poliomielite é uma das principais bandeiras do Rotary. Rotarianos no mundo inteiro se mobilizam, faz anos, para que a vacinação atinja 100% das crianças. E os resultados tem sido altamente satisfatório. Graças as vacinas e ao Rotary ocorreu redução de 99,9% no número de casos de paralisia infantil. No Brasil faz mais de 30 anos que não se registra mais nenhum caso da doença.

 

Resistência à vacina

 

Albert Sabin descobriu a vacina que salvou milhares de crianças no mundo inteiro. Ele também enfrentou enormes resistências no começo

Criador da vacina contra a poliomielite, Albert Sabin, médico e cientista polonês, casou com a brasileira Heloisa Dunshee de Abranches e naturalizou-se depois como cidadão norte-americano, enfrentou muitas resistências no Brasil. Primeiro ele testou a vacina em si mesmo e depois em suas próprias filhas.

Como queria testar a vacina em massa escolheu Cuba, que por um uma ilha pequena vacinou todas as crianças daquele país em único dia. Mas ai, em plena era de governos militares, começaram os problemas para Sabin. Espalharam boatos de que a vacina “era comunista” e poderia fazer mal às crianças.

A burocracia governamental impôs uma série de burocracias ao cientista. Restringiu recursos ao pesquisador com mais de 350 estudos publicados sobre doenças e suas curas. O governo brasileiro, na tentativa de tornar os números menos desfavoráveis, divulgou que em 1969 o país tinha 11.832 casos de crianças com paralisia infantil. Sabin contestou os números, dizendo que eles eram dez vezes maiores.

A imprensa brasileira e estrangeira noticiou os pontos de discórdia entre governantes e o cientista. O jornalista José Roberto Guzzo, então diretor de redação da revista Veja, sentenciou, sobre o episódio: “nosso problema não é paralisia infantil, mas paralisia de adultos”.

“Brasil fecha a porta para Sabin depois de divulgação de dados da pólio”, manchetou o jornal The New York Times, em 17 de abril de 1980. As vacinas somente puderam ser fabricadas e produzidas no Brasil graças aos recursos da Fundação Rotária e aos esforços dos rotarianos que se voluntariaram a ir para as ruas e rodovias vacinar as crianças. Sabin poderia patentear sua invenção em seu nome e ficar bilionário com a vacina. Mas, como bom rotariano que era, e por gratidão à Fundação Rotária fez doação da patente à instituição.

Hoje Albert Sabin é considerado como herói nacional em diversos países, inclusive no Brasil que instituiu os Dias Nacionais de Vacinação, duas vezes ao ano, simultaneamente em todos os municípios brasileiros..


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