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Polícia apreende jornais com pesquisas supostamente fraudulentas

 

 

Jornais com supostas pesquisas fraudulentas também são apreendidos em Cedral na manhã desta quinta-feira pela Polícia Civil

 

Quatorze pacotes de jornais, contendo, cada um 500 exemplares, totalizando 7.000 unidades, foram apreendidos na manhã desta quinta-feira na cidade de Cedral por causa da divulgação de pesquisa supostamente fraudulenta. Policiais interceptaram a van que transportava os jornais e informaram aos condutores que todos os impressos seriam apreendidos.

 “Se houver alguma arbitrariedade em algum sentido isso vai ser apurado posteriormente”, avisou um dos policiais, ao condutor do veículo. O policial também informou que estavam usando o mesmo procedimento de apreensão ocorrido no dia anterior em Sales, com a mesma empresa, quando foi também apreendido grande quantidade de impressos pela divulgação de pesquisas supostamente fraudulentas.

O delegado Marcelo Ferrari informou ter apreendido os impressos com base em decisões judiciais de várias comarcas que proíbem a empresa de divulgar suas pesquisas. Disse ter ouvido as pessoas que realizavam a entrega e verificado a documentação do veículo, que também foi liberado. A documentação será encaminhada à Justiça Eleitoral e posteriormente à Polícia Federal para apurar a possível prática de crime eleitoral.

 A Folha do Povo tentou contato com os dois candidatos a prefeito para falarem a respeito do assunto. Mas nem o atual prefeito Paulo Ricardo Beolchi de Lucas, o Janjão (Cidadania), que concorre à reeleição, e nem a candidata Cristiane Pedrão, que concorre pelo PTB, atenderam as ligações da reportagem. E também não retornaram aos recados deixados, via aplicativo.

 Sales

 Em Sales, segundo o delegado Sérgio Augusto Ugatti Durão, responsável pelo inquérito instaurado para apurar eventuais responsabilidades, foram apreendidos 14 pacotes de 250 exemplares do jornal “Extrato”, totalizando 3.631 exemplares. O delegado contou que os impressos chegaram à Delegacia após a Polícia Militar localizar algumas pessoas, que seriam moradores de Potirendaba, distribuindo jornais que traziam pesquisas eleitorais realizadas pela empresa Publi QC.

 Foi constatado, segundo o delegado, que a empresa estaria proibida, devido ações na comarca, de distribuir o material, “devido a suspeitas de não retratarem a realidade”. Por conta desses fatos que ainda serão apurados, o material foi apreendido e as pessoas que estavam distribuindo foram ouvidas e liberadas em seguida. Ao serem interrogadas, elas informaram não saber quem mandou distribuir e realizar as pesquisas.

 O juiz eleitoral Antônio Carlos Pinheiro de Freitas, da 207ª Zona Eleitoral da Comarca de Urupês, determinou, no mês passado, a suspensão da divulgação da pesquisa de intenção de votos realizada pela empresa Publi QC Pesquisas % Editora Limitada. O juiz acatou representação feita pelo MDB de Irapuã.

 Pela decisão do juiz estão proibidos a divulgação dos resultados da pesquisa de intenções de votos realizados pela empresa. Ele estabeleceu multa de R$ 100 mil em caso de desobediência.

 Outro lado

 O advogado José Antonio Ercolin, que defende a empresa e possui artigos assinados por ele no periódico - criado nas vésperas do início da campanha eleitoral - , declarou, em entrevista ao “Diário da Região”, que “o fato de haver uma representação de uma impugnação não quer dizer que isso lhe garanta o rótulo de fraudulenta, mas a forma de averiguar, rotular só porque houve uma impugnação é indevido e injusto”. 

Disse ainda o advogado da empresa que normalmente os pedidos de impugnações são de candidatos com resultados negativos, “que usam dessa manobra para impedir que a população tenha acesso a uma real pesquisa eleitoral”. Confira abaixo fotos e vídeo encaminhados à redação, que mostram o momento da apreensão dos impressos pelos policiais civis em Cedral.

 







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