O vereador Orivaldo de Oliveira, o Vado da Oficina, do
Solidariedade, que assumiu o cargo no final de agosto na Câmara Municipal de
Mendonça, declarou ser plenamente favorável de a cidade ter chapa única para
concorrer à prefeitura nestas eleições. Por telefone, Vado disse à reportagem
da Folha do Povo que não será mais candidato a vereador e que estuda, junto com
advogados, ingressar com ação na Justiça para tentar reaver todos os salários
recebidos indevidamente pelo ex-vereador José Sérgio de Oliveira.
Vado também confirmou que apoia as candidaturas do
engenheiro Juliano de Oliveira, do PSDB, para prefeito e de Odair Milhossi, do
DEM, como vice-prefeito. “É o melhor para a cidade, ter chapa única”, afirmou.
Vado assumiu o cargo de vereador no lugar de José Sérgio
Pereira de Oliveira, que teve o mandato cassado por seis votos a três. Foi Vado
quem protocolou denúncia na Câmara de que o ex-vereador acumulava funções no
Poder Legislativo com as de chefia no Poder Executivo. A legislação impede esse
acúmulo. Uma CPI (Comissão Processante de Investigação) apurou o caso durante
quase 90 dias, ouvindo cerca de 10 testemunhas. A maioria confirmou que
ex-vereador acumulava as funções de chefia na prefeitura.
Os advogados do ex-vereador tentaram reverter a decisão da
Câmara na Justiça. O juiz Tiago Octaviani, após ouvir o Ministério Público, que
deu parecer favorável à decisão da Câmara, não concedeu a liminar pretendida
pelo ex-vereador. Depois, José Sérgio outras duas derrotas na Justiça. O
Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo (TJ-SP) negou também o agravo de
instrumento interposto por seus advogados. Ele teve seu mandato cassado pela
Câmara Municipal de Mendonça por ter ficado comprovado pela CPI (Comissão
Processante de Investigação) de ter exercido cargo de chefia em comissão no
Executivo, sem ter se licenciado do cargo legislativo. O relator da análise do
processo no TJ, Marcelo Semer, indeferiu o pedido de tutela antecipada recursal
feito pela defesa do ex-vereador.