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Médico cardiologista do HB e do Incor, Sirio Hassen, falece de Covid-19 aos 63 anos |
O Covid-19 fez mais uma
vítima em São José do Rio Preto, que até ontem contabilizava 511 mortes na
cidade por causa do vírus. Dr. Sírio Hassen Hassem Sobrinho, de 63 anos, médico
cardiologista do HB (Hospital de Base) e do Incor (Instituto do Coração) de Rio
Preto, faleceu na noite deste sábado. Ele estava internado há quase 30 dias na
UTI (Unidade de Tratamento Intensivo) do HB.
Dr. Sírio era especialista
em Cardiologia pela Sociedade Brasileira de Cardiologia, com especialidade em
Cardiologia Pediátrica. Sua trajetória o tornou uma das grandes referências da
especialidade no interior paulista. Com doutorado na Famerp, atuava no Incor e
também era professor da Faculdade de Medicina de Rio Preto.
Ele praticante de esportes.
Fazia academia, nadava e praticava ciclismo quase que diariamente. Ao ser
infectado pelo vírus deixou vários amigos surpresos e desde quando foi confirmada
a notícia de sua morte, foi amplamente homenageado por alunos, pacientes e
amigos pelas redes sociais.
Por meio das redes
sociais, um grupo de médicos escreveu: “A ele nós dedicamos hoje o décimo
transplante cardíaco do nosso serviço. Justamente no dia que ele escolheu para
sua jornada para uma nova vida. Heróis como ele, Dr. Braile, Dr. Airton
Moscardini, Dr. Moacyr Godoy tornaram possível a Cardiologia Pediátrica em São
José do Rio Preto, uma referência nacional. Que Deus e os amigos espirituais te
acolham! Triste demais, amigo Sírio”.
Dr. Sírio deixa as filhas
Luísa e Carolina, também médicas.
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Dr. Sirio Hassen falece aos 63 anos, vítima de Covid-19
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Boletim do Coronavírus divulgado pela Prefeitura de Rio Preto
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Número de casos
Em São José do Rio Preto,
segundo o último boletim médico, divulgado na sexta-feira pela Prefeitura, além
das 511 mortes, estão 119 pessoas internadas com o vírus em UTIs e outras 199
nas enfermarias dos hospitais. Desde quando começou a pandemia, em 14 de março
deste ano, já se registraram 49.194 casos da doença. Desses, 16.302 foram
curados.
O jornalista e historiador Lelé Arantes
escreveu numa rede social que “infelizmente, esse vírus não é fake news, não é
invenção da ‘globo lixo’, nem é uma gripe qualquer”. “Recentemente alguém disse
que o vírus estava infeccionando menos de 0,1% da população. Ok. O problema é
quem está neste 0,1%. Enquanto os atingidos estão longe do nosso círculo de
convivência tudo parece irreal e ilusório. Até que nos atinge. Aí lembramos do
velho poema católico de John Donne: por quem os sinos dobram”.
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