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Airton afirma que “um meteoro está para atingir Bady Bassitt”

Vereador Airton Rego (de camisa rosa) participa de audiência pública sobre a retirada dos trilhos em Rio Preto


A retirada dos trilhos da área urbana de São José do Rio Preto preocupa o vereador e ex-prefeito de Bady Bassitt, Airton da Silva Rego (PSDB). Segundo ele, a retirada dos trilhos é boa para Rio Preto e péssima para Bady Bassitt, para onde está previsto o desvio do contorno ferroviário. “Um meteoro está para atingir Bady Bassitt”, comparou. “E estamos assistindo passivamente o deslocamento desse meteoro que em determinado momento nos atingirá, com grave impacto ambiental”.
De acordo com Airton, o atual prefeito de sua cidade, Luiz Antonio Tobarni (PPS), não está dando a mínima importância para o assunto que é de extrema urgência e poderá provocar inúmeros prejuízos e problemas aos moradores de Bady Bassitt. Airton participou no começo de outubro da audiência pública realizada na Câmara Municipal de Rio Preto para debater o assunto. “Fui o único representante da minha cidade. O vereador Jean Dornelas lamentou logo no começo da audiência a ausência dos prefeitos de Bady e Mirassol.
O problema se agrava ainda mais com a renovação do contrato de concessão da ferrovia para a Rumo. A estimativa é de que agora dobre a quantidade de comboios que passarão diariamente pela região. De 24 composições passariam a 48 trens por dia.
A própria assessoria da Rumo noticiou que com a renovação a empresa deverá expandir a capacidade de transporte em todas as ferrovias paulistas, passando dos atuais 30 milhões de toneladas para cerca de 75 milhões de toneladas ao ano.
A obra do contorno ferroviário prevê a retirada dos trilhos de Rio Preto, Mirassol e Cedral, com extensão estimada em 60 quilômetros. O custo total é de aproximadamente R$ 500 milhões.
De acordo com o vereador, estudos iniciais mostram que os trilhos iram cortar o perímetro urbano de Bady Bassitt e isso irá atrapalhar o desenvolvimento do município, que não tem recursos para construir viadutos ou passagens subterrâneas sobre os trilhos. “Já imaginou ter que esperar quase meia hora para atravessar os trilhos por causa de um comboio de trens, com mais de 80 vagões”, indaga o vereador tucano.
Airton calcula que quando os trens estiverem passando por Bady Bassitt haverá transtornos causados pelos apitos das locomotivas, durante o dia e a noite. Disse que “ante a inércia do Poder Executivo no enfrentamento dessas questões” solicitou ao DNIT para realizar audiência pública em Bady Bassitt para debater o assunto. Informou que solicitou ao vereador Jean Dornelas para que lhe encaminhasse cópias da ata da audiência pública. “Eles ficaram de enviar a ata da audiência, mas acredito que, modéstia a parte,  ficaram temerosos com a repercussão da minha intervenção”.
 Concessão
A assinatura do contrato de concessão da Ferrovia Norte-sul, no trecho entre Porto Nacional (TO) e Estrela D’Oeste (SP), pelo presidente Jair Bolsonaro (PSL) na quarta-feira, dia 31, deve acelerar o processo de retirada dos trilhos do trem do perímetro urbano de Rio Preto.
A concessão da ferrovia foi arrematada pela empresa Rumo S.A, em leilão realizado em março. A empresa, que atua em serviços de logística de transporte ferroviário, ganhou o processo licitatório ao oferecer um lance de pouco mais de R$ 2,719 bilhões um ágio de 100,92% ao lance mínimo pedido pelo governo, de R$ 1,3 bilhão. O contrato tem duração de 30 anos e prevê a administração dos dois trechos da Norte-Sul, de um total de 1.537 quilômetros que inclui a região de Rio Preto.
A obra do contorno ferroviário prevê a retirada dos trilhos de Rio Preto, Mirassol e Cedral, com extensão estimada em 60 quilômetros. O custo total é de aproximadamente R$ 500 milhões.



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