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José Francisco Peres, Marcos Rogério e Jurandir Ferrarezi tiveram constas rejeitadas pelo TCE |
Três vereadores que ocuparam a
Presidência da Câmara de Uchoa tiveram suas contas rejeitadas pela Tribunal de
Contas do Estado (TCE) e alguns estão sendo obrigados a ressarcir os cofres
públicos. As despesas vão desde gastos excessivos com combustíveis, até chope e
mochilas comprados com dinheiro do povo.
O atual presidente da Casa, Jurandir Ferrarezi (MDB), está entre os que o
tiveram as contas rejeitadas. Ele que já havia ocupado o cargo de presidente em
2015, teve as contas com combustíveis rejeitadas pelo TCE.
De acordo com o parecer da conselheira, Cristiana de Castro
Moraes, foram impugnadas despesas relativas aos gastos com combustíveis
no valor de R$ 23,3 mil e reembolsos indevidos de R$ 3,3 mil, totalizando
R$ 26,6 mil. Valores estes que já deveriam estar sendo devolvidos aos cofres
públicos.
A juíza da 2ª Vara da Fazenda,
Tatiana Viana Santos, condenou no começo deste ano o ex-presidente da Câmara de
Uchoa, José Francisco Sanches Peres, a devolver R$ 41,2 mil aos cofres
públicos. Peres ocupou o cargo entre 2011 e 2012 e foi denunciado pelo
Ministério Público acusado de abastecer veículos particulares dele e do
prefeito da época com dinheiro público.
De acordo com a ação impetrada
pelo promotor Sérgio Clementino, Peres teria comprado uma mochila, pago almoço
no valor de R$ 200 e tomado até chope com dinheiro público. Na ação, Clementino
relatou que em 2011 os gastos com combustíveis somaram R$ 7,3 mil e em 2012,
ano eleitoral, esse valor subiu para R$ 14 mil, sendo que a Câmara nem carro
tinha na época.
Em 2016, o ex-presidente Marcos
Rogério da Conceição (MDB) também teve suas contas rejeitadas. E ele foi
condenado por dano ao erário.
Marcos Rogério, que ocupou o cargo
em 2014, cometeu praticamente as mesmas irregularidades dos outros presidentes.
Teve gastos com combustíveis e lubrificantes sem controle e não justificados
que ultrapassaram R$ 20 mil. Além disso ele também pediu ressarcimentos de
despesas de viagem por meio de reembolso que totalizaram R$ 1,6 mil.
O apontamento mais grave,
segundo relato do TCE, está com gastos de bebidas sem nenhum tipo de
justificativa no valor de R$ 6,2 mil. O ex-presidente foi condenado pelo TCE a
ressarcir o erário pelo valor das bebidas, além de ter de pagar multa no valor
de R$ 5, 3 mil.
Todos os três ex-presidentes
não foram localizados para comentar sobre o assunto. Mas negaram as irregularidades
durante o processo. Eles ainda podem recorrer da decisão do TCE.
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