Silvio Caruso
Às vezes fico pensando,
pensar é mais que um hábito, ou vício. Um vício pior que a maconha, a cocaína,
o craque e todos os outros. Pior que as doenças mais temidas e fatais como o
câncer, a AIDS e tantas outras. O pensar é o pior dos males porque não é
proibido e não mata nem com o passar do tempo. A pior reação adversa é que, se
não usar a medida recomendada pode provocar tristeza, decepção e indignação. A
advertência oficial, aliás, sempre muito útil e nesse caso válida é: “Aprecie
com moderação”!
Tenho me excedido na dosagem
e observado as notícias sobre Rebeliões em Presídios, em quase todos os
veículos de comunicação um destaque especial, às vezes logo no início da
matéria e a superlotação: a capacidade do presídio é para abrigar 450
“reeducandos” e estava com 830 presos. Para aí! Aqueles inocentes (?) na
maioria jovem, têm casa, roupa lavada, comida balanceada, tratamento médico e
odontológico, visita íntima e um salário/benefício pra sustentar a família, que
sabe-se lá, se ele algum dia sustentou ou trabalhou. Esse sofrimento todo é
sustentado pelo dinheiro público, que na verdade somos nós que pagamos todos os
impostos para sustentar todas as mordomias e farras governamentais. As
rebeliões violentas com funcionários feitos reféns, incêndio e destruição de
prédios públicos, não podem ser “contidas com violência”. Como poderiam ser
controladas? Com conselhos, cantos, orações, salmos e água benta?
Sempre aparecem Instituições,
Associações, Sociedades, Ordens, Ongs, etc. buscando refletores e atenção.
Maldita doença/vicio de pensar! Será que os “Direitos humanos de bandidos” têm
mais validade que os “Direitos humanos de não bandidos”? As Ordens procuram
possíveis clientes? As Ongs procuram justificar as verbas que recebem e os
prejuízos causados pela destruição vai sair de nós, os pagadores de impostos!
Será que as crianças,
jovens, mulheres e idosos, que o único crime que cometeram foi não ter cometido
nenhum crime, senão, teriam todo o tratamento custeado decentemente pelo
estado? Os hospitais públicos estão todos superlotados! As creches e escolas
públicas também, além da péssima qualidade do ensino. A insegurança e o
trânsito estão matando mais que guerras por falta de verbas públicas.
A corrupção causadora de
todos os males e faltas nesse país é vista por um “Ministro soltador” do STF
como crime não violento e desprendendo os presos. Como assim? Os corruptos são
“assassinos em massa”! Eles estão matando inocentes nos hospitais, asilos, na insegurança.
As “tragédias previstas” como Mariana, Brumadinho e outras que virão, existem
estudos e Leis que não são cumpridas por falta de controle e sobra de corrupção
para fazer “vista grossa”. O Ministério Público fez a sua parte, A Defesa Civil
atuou bravamente, aliás, como sempre faz, em parceria com o Corpo de Bombeiros,
verdadeiros Heróis Nacionais. Os Direitos humanos foram soterrados pela lama e
a OAB deve ter conseguido alguns clientes, mas se manteve distante. E
Associação Protetora dos Animais? Está esperando um levantamento detalhado da
Defesa Civil, sobre o número de cães, vacas, cavalos, porcos, peixes e
pererecas morreram, ou foram mutilados pela tragédia para se manifestar?
Assim, cada lado defende
seus interesses e o povo, como sempre vai ficando pra depois e sendo esquecido.
Para os políticos dinheiro público não tem dono, mas claro que tem. Somos nós,
o público que pagamos todos os impostos, taxas e contribuições existentes. O
retorno, que deveria ser cumprido por constar na Constituição, deviam ser no
mínimo saúde, educação e segurança, são os que mais faltam por falta de verbas.
Existem três poderes
constitucionais, esses sim, são cumpridos constitucional e religiosamente em
todas as esferas, municipal, estadual e federal. O Legislativo faz as Leis que
os protege, ou com “válvulas de escape” para os bons e caros advogados.
O Executivo, que seguindo a
legislação de interesse dos poderes, aproveita mais as possibilidades de
exercer a corrupção, e os direitos do povo vão ficando para trás.
O Judiciário, de boca, olhos
e ouvidos calados pela Constituição, às vezes interfere com um “entendimento
diferente”, aquela “brecha na Lei”. Quando não distorce ou discorda do
entendimento, por impossibilidade ou interesses, aproveita a farra com ar,
jeito e pose de “dever cumprido”! E o povo, mais uma vez...
Pensando bem, e melhor,
estou me convencendo que o “do avesso sou eu”! Vou rever meu descaso com as
advertências oficiais, pois além de rever o “pensar, aprecie com moderação”, o
outro é mais preocupante: “PENSAR É PREJUDICIAL À SAÚDE”!
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