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Comitiva na porta da Igreja de Nossa Senhora Aparecida em Nova Itapirema |
Uma viagem de aproximadamente 180 quilômetros com
duração de 120 horas. Este é o tempo aproximado que 10 cavaleiros da Comitiva
Farturinha vão levar para chegar até Barretos. A comitiva sai no dia 11 de
agosto do distrito de Nova Itapirema de Nova Aliança com destino à Barretos
para participar da 62ª Festa do Peão de Boaideiro.
A viagem, que poderia ser feita em pouco mais de
uma hora de carro, será realizada em cinco dias em lombos de mulas, burros e
cavalos. Um dos organizadores da cavalgada, o engenheiro eletricista Alexandre
Alves Sanches, que participa pelo terceiro ano consecutivo, afirma que cavalgar
cansa fisicamente, mas proporciona um descanso mental e espiritual incomparável.
A novidade neste ano é que as esposas, familiares e
alguns amigos irão poder participar no horário do jantar em uma das paradas da
cavalgada. “A mais próxima de Rio Preto será no sitio do Arcelindo Munholi, no distrito
de Engenheiro Schimitt”, informa Alexandre, acrescentando que além de comida
boa os convidados poderão se deliciar com a boa música da dupla Luiz &
Renato e de alguns outros artistas amigos da turma.
A segunda parada da comitiva será num sitio em Guapiaçu,
antes da turma atravessar a ponte sobre o rio Turvo. A comitiva passará pelas
proximidades da Usina Guarani e pelo distrito de Baguaçu até chegar no distrito
de Ribeiro dos Santos, em Olímpia, onde pernoitará no sitio da família de Abel
Ribeiro. Outra parada será no distrito de Ibitu, que pertence à Barretos. Lá a
comitiva pernoitará no barracão ao lado da igreja.
Além dos cavaleiros, um caminhão seguirá na frente
levando os mantimentos e as bebidas e uma camionete virá atrás dando apoio,
caso algum dos integrantes necessite de ajuda.
A viagem é repleta de tradições caipiras. Não pode
faltar a moda de viola, o berrante e a comida feita em panela de ferro e no
fogo a lenha no chão. No cardápio o tradicional arroz a carreteiro, feijão
gordo, com torresmo e couro de porco, paçoca de carne seca e churrasco assado
no arado. Tudo isso torna a viagem prazerosa e muita divertida.
“O objetivo é resgatar a cultura, os costumes e a
tradição para não deixar morrer a cultura do homem sertanejo”, afirma Alexandre.
“Meu pai e meu avô eram do sitio e eu sempre os acompanhava e aprendi a gostar
dessas coisas de caboclo caipira”.
Além de manter a tradição caipira, a cavalgada
fortalece os laços de amizade entre os participantes. Os amigos que participam
dessa cavalgada o ano todo se reúnem para se confraternizarem em festas e
churrascos com suas famílias.
Além de Alexandre, a comitiva é integrada pelo
agrônomo Elielton Nunes Olivério, pelo
administrador André Souza, pelo comerciante Regis Simplício, pelo caminhoneiro
Edmar Sabadin e pelos amigos Walter Lucatto, Fernando Candido, Paulo Ricardo
Mello Araújo (Paulinho Mussarela), Diogo Rosa, Norival Alves (Nego) e Otávio
Martins (Costela). Os amigos Ricardo
Clayton Maldonado e Oswaldo Cucolo vão como apoio, acompanhando a comitiva com
uma camionete e um caminhão. Nos dois veículos são levados os mantimentos, a
cerveja e a “traia” de pouso.
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Momento da chegada, no ano passado, na Festa do Peão em Barretos |
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Parada da comitiva num dos sitios |
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Chegada da comitiva em Barretos, na festa do ano passado |
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Alguns trechos serão feitos sob o asfalto das rodovias que circulam a região |
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Mulas e cavalos fazem parte da tropa |
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Paisagem lembra um quadro artístico |
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Queima do alho é uma das atrações |
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Parte da comitiva durante uma das paradas no meio do caminho |
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Assado e cozido em arado e roda de caminhão |
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Comida no fogo de chão |
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Percurso será feito por estradas de terra da região |
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Quantidade de cerveja levada para animar os cavaleiros, durante a cavalgada |
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Paeja caipira, um dos pratos preparados pela comitiva |