Bill Medeiros, ao lado do vice-prefeito Vandil Baptista, exibe medalha de vice-campeão em Campeonato Nacional de Karatê |
Quinze anos atrás Abinadabio
Medeiros largou um trabalho de terno e gravata numa bem sucedida empresa
multinacional em São Paulo para vir morar e trabalhar em Nova Aliança. Duas
coisas o motivaram o amor pela cidade e o amor pela esposa Maria Aparecida
Garcia dos Santos, aliancense de nascimento.
Natural de Nova Lídice, distrito
de Medeiros Neto, município baiano de 20 mil habitantes localizado no extremo
Sul da Bahia, às margens do rio Alcobaça, Bill Medeiros como é mais conhecido
Abinadabio conta que sempre gostou de esportes e de viver uma vida tranquila.
Por isso escolheu Nova Aliança para viver e morar com a família.
Formado em Contabilidade,
com MBA (Mestre em Administração de Negócios) pela USP (Universidade de São
Paulo), Bill quando chegou em Nova Aliança não encontrou trabalho em sua área e
resolveu mudar totalmente o ramo. Passou a trabalhar com sucatas, comprando
metais considerados nobres, como cobre, estanho, chumbo e alumínio.
Inicialmente alugou uma máquina para prensar os materiais recolhidos nas ruas
pelos catadores.
Aos poucos o negócio foi
crescendo e Bill comprou sua própria prensa, adquiriu terreno e construiu um barracão
para sair do aluguel. “Quem passa na frente do barracão nem imagina que ali
funciona uma empresa que trabalha com sucatas”, afirma o vice-prefeito de Nova
Aliança, Vandil Baptista Casemiro (PDT), ao elogiar a limpeza do local. “É de
tirar o chapéu a limpeza no local”.
Karatê
Há quatro anos Bill
resolveu matricular-se nas aulas de karatê do professor Miguel Nunes para
aprender um pouco dessa arte marcial. Gostou tanto do esporte que logo
tornou-se faixa roxa, duas antes de anteceder a faixa preta, o topo desse
esporte. Participou no começo deste mês do 18º Campeonato Brasileiro de Karatê,
realizado em Curitiba, onde sagrou-se vice-campeão na categoria máster. “Para
mim foi uma grande conquista subir no pódio para levar o nome de Nova Aliança e
trazer uma medalha para casa”, diz, agradecendo o apoio recebido por parte da
Prefeitura local, que ajudou na viagem dos atletas para a capital paranaense. “O
prefeito Gusto e principalmente o nosso vice-prefeito Vandil nos deram todo
apoio”.
Com relação ao trabalho
exercido na empresa ele afirma que também se sente um campeão por ajudar a
retirar das ruas mais de 20 toneladas de latas de alumínio de cerveja e refrigerantes
que poderiam poluir rios e córregos. “O alumínio podemos afirmar que é
ecologicamente correto e economicamente viável”, explica, acrescentando que
para produzir alumínio o grupo Votorantim necessita de energia de quatro hidrelétricas,
enquanto para reciclar esse material não se gasta nem 5% daquilo que é
necessário para produzí-lo.
O alumínio recolhimento é
prensado, formando-se blocos retangulares para facilitar o transporte. Todos os
meses saem entre dois a três caminhões carregados de alumínios para fábricas de
reciclagem em Piracicaba e Ribeirão Preto. “Pagamos R$ 3,30 por quilo de
alumínio recolhido”, informa, ressaltando que ajuda a gerar renda para muitas
famílias da cidade.
Bill Medeiros mostra máquina que utiliza para pensar o aluminio |
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