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Morre Alfredinho Sampaio, o "bruxo" do futebol brasileiro

Faleceu aos 90 anos de idade na terça-feira, 4 de abril, dia do aniversário de Marília, o técnico de futebol Alfredo Sampaio Filho, o Alfredinho, que, na década de 70, levou o time da cidade à Divisão Especial da Federação Paulista de Futebol (FPF) para disputar jogos com os grandes times da época como Corinthians, Palmeiras, São Paulo, Santos e Ponte Preta.

Alfredinho nasceu em Cascável e fez carreira como jogador e técnico de futebol. Como jogador atuou como ponta direita e centro avante passando por diversas equipes. Jogou no XV de Novembro de Piracicaba, Linense, Palmeiras, Botafogo e Comercial de Ribeirão Preto. Foi bi-campeão pelo Santos de Pelé (1955 e 1956) e campeão gaúcho pelo Grêmio (1957).

Ganhou a fama de "bruxo" no futebol. Jogadores, radialistas e jornalistas que acompanharam sua carreira contam inúmeras histórias pitorescas do treinador. Contam que ele gostava de rezar, de acender velas, levar imagens de santos nos vestiários e até de fazer mandingas atrás do gol dos times adversários.

Em 1971 conseguiu a proeza de levar o time do Marília para as finais da Primeira Divisão do Campeonato Paulista. A final seria definida no quadrangular disputado pelo Rio Preto Esporte Clube, Grêmio Catanduva, Saad de São Caetano do Sul e pelo Marília no Parque Antarctica. O time do Rio Preto era o favorito, mas precisava que o Marília derrotasse o Saad.

O milionário Anísio Hadad, dono na época da Telefônica e então presidente do Rio Preto, pegou uma mala com 30 mil cruzeiros e deu nas mãos de Alfredinho para o time dele vencer a equipe do Saad. Malandramente Alfredinho pegou a mala de dinheiro e levou para que o time de Catanduva derrotasse o Rio Preto. A tática deu certo. O Marília venceu a equipe do Saad com gol do ponta-esquerda Ivo Picerni, de Neves Paulista. E os jogadores do Catanduvense fizeram das tripas corações e derrotaram o favoritismo do Rio Preto Esporte Clube.

Anos depois Alfredinho fora contratado pelo Rio Preto para tirar o time do rebaixamento. Ao ser contratado disse que se a equipe fosse rebaixada ele viraria “gay”. O time não foi rebaixado, mas ficou longe da conquista do campeonato.

Seu corpo foio enterrado no Cemitério dos Girassóis em Ribeirão Preto.

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