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No Dia de Conscientização sobre a Escoliose Idiopática, médico fisiatra alerta que diagnóstico precoce é decisivo para a vida do paciente

Médico fisiatra Celso Vilella Matos, presidente da Associação Brasileira de Medicina Física e Reabilitação (ABMFR)

A imagem é dramática, impactante. A criança ou jovem com a coluna em forma de S, totalmente torta. Além do grave problema em si, são enormes os impactos psicológicos e na vida como um todo dos mais de 6 milhões de brasileiros que têm escoliose, segundo dados do Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia (INTO) e da Organização Mundial da Saúde. Nesta sexta-feira, 27, é o Dia Internacional de Conscientização sobre a Escoliose Idiopática, que tem por objetivo ressalta à sociedade a importância do diagnóstico precoce desta condição.

"O diagnóstico precoce é fundamental para aumentar o sucesso do tratamento, que envolve uma equipe multidisciplinar de saúde", afirma o médico fisiatra Celso Vilella Matos, presidente da Associação Brasileira de Medicina Física e Reabilitação (ABMFR). “Daí a importância deste Dia Internacional para ampliar a conscientização da sociedade, especialmente nas escolas e serviços de saúde para permitir a intervenção precoce”, completa o presidente da ABMFR.

A prevalência da Escoliose Idiopática do Adolescente (EIA) – forma mais comum da doença – acomete até 4,8 % das crianças entre 10 e 14 anos, principalmente, durante o chamado “estirão de crescimento”, que acontece nesta faixa etária.


Os fisiatras são os médicos habilitados para identificar alterações posturais, como a escoliose, através de exames físicos como o Teste de Adams, e recomendar exames complementares, como os raios‑X para confirmar o diagnóstico e medir o grau da curvatura.

Diagnosticada a condição, o médico fisiatra atua na reabilitação integral do paciente, com foco em evitar complicações como dor crônica, comprometimento respiratório e impacto emocional. “A base do tratamento não cirúrgico inclui métodos específicos de reeducação postural, fortalecimento muscular, uso de coletes ortopédicos quando indicado e acompanhamento contínuo para monitorar a evolução da curva”, explica o presidente da ABMFR.

A recuperação funcional envolve, além do fisiatra, outros profissionais, como fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais, psicólogos e ortopedistas, garantindo um atendimento personalizado que respeita cada fase de crescimento e desenvolvimento do paciente.

O presidente da ABMFR destaca ser fundamental o papel dos profissionais de escolas instituições de saúde para identificar crianças e adolescentes com escoliose.

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