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Viagens de motorhome, a liberdade sobre rodas

Proprietários de motorhome acampam na prainha de Mendonça para o encontro anual dessa gente que trocou a casa para viver dentro de um veículo na estrada

 
Nelson Gonçalves, especial para a Folha2

As viagens com motorhome têm se tornado cada vez mais populares. Elas oferecem experiência única de liberdade e aventura sobre rodas. E os adeptos desse tipo de veículo montaram até uma associação, que se reúne anualmente, geralmente no mês de novembro na Prainha do rio Barra Mansa, em Mendonça.

O quintal de casa para essa gente é a estrada. Basta colocar as traias, como roupa, comida e objetos de lazer no veículo, traçar as rotas e pisar o pé no acelerador para conhecer lugares bonitos e fazer novas amizades. Foi assim com a  enfermeira Shirlei Roca, que largou o emprego no ano passado e conheceu todo o litoral do Nordeste brasileiro viajando dentro de uma perua Kombi adaptada como casa.

O empresário Emerson Gomes de Oliveira, um dos coordenadores da Associação dos Campistas e Caravanistas da Região dos Grandes Lagos, informa que em 2002 eles eram em 10 pessoas que se reuniam na prainha de Mendonça. “Nosso grupo cresceu e hoje temos 320 associados”, diz, todo entusiasmado com os novos que estão chegando para integrar o clube do motorhome da região.

O motorhome do empresário Jeferson Silva tem até energia solar, que ajuda abastecer os equipamentos eletrônicos que ele carrega no veículo, como rádio, geladeira e televisão. O empresário Danielison Polonio afirma que não tem coisa melhor do que conhecer novos lugares toda semana. “Desfrutamos de todas as comodidades de casa, como cama, cozinha e banheiro, mas com o pé na estrada”, diz.

Lilian Paulino adaptou até uma lavadora e uma secadora de roupas em seu motorhome. “Assim a gente não gasta mais pagando para lavar roupas em lavanderias”, informa. O aposentado Orlando da Silva Bueno explica que ele gasta uma média de 600 a 800 reais todos os meses, entre comida e combustível, para rodar com o seu motorhome. “Se eu estivesse em casa estaria gastando mais, uma média de 1.000 a 1.500 reais porque teria que pagar água, energia e manutenção do jardim e piscina”.    

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Cerca de 300 pessoas se reuniram no último dia 15 na Prainha da Barra Mansa em Mendonça
(imagem: Bazotinho)

Emerson Gomes de Oliveira durante entrevista para André Modesto, da TV Tem

O grupo tem até bandeira, que é hasteada todos os anos no encontro anual da turma

A enfermeira Shirlei Roca largou o emprego para morar e viajar dentro de uma Kombi adaptada como casa e assim conheceu todo o litoral do Nordeste brasileiro


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