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Até a sexta geração, em cerca de 200 anos, teremos 128 ascendentes |
Nelson Gonçalves, especial para a Folha2
Para nascer precisamos de dois pais. Embora existem estudos e avanços na biotecnologia e nas ciências reprodutivas não há possibilidade de fertilização de filhos sem pelo menos a participação de um homem e uma mulher. Por isso, para nascer, precisamos de um pai e de uma mãe.
E na sequência, ancestralmente falando, são quatro avós, sendo dois maternos e dois paternos. E, pela ordem, se formos buscar na árvore genealógica, a relação de parentesco, veremos que temos oito bisavós, 16 tataravós, 32 tetravós, 64 pentavós, 128 hexavós, 256 heptavós, 512 octavós, 1.024 enavós, 1024 decavós. Ao todo, numa conta rápida, são 4094 ancestrais nas últimas 11 gerações. Tudo isso é aproximadamente 800 anos antes que nascêssemos eu e você!
Pare um pouco e pense: de onde viemos? Quem são os nossos antepassados? Quantas lutas lutaram? Quanta fome passaram? Quantas guerras viveram? Quantos sacrifícios? Ou riquezas tiveram? Por outro lado quantos anos, quanta força, alegrias, estímulos nós herdamos?
Cada um de nós carrega em si histórias, aprendizados e as lutas daqueles que vieram antes. Cada geração deixa uma marca em quem somos e nos caminhos que escolhemos. Por meio de nossas escolhas, dores e conquistas, construiremos a nossa história. Mas é preciso pensar também que a nossa história vem lá de trás. Ela foi tecida por gerações que abriram caminhos para nossa estrada se tornar mais fácil de andar.
Algumas religiões, principalmente aquelas de origens asiáticas, reconhecem que os ancestrais desempenharam papel vital na formação dos indivíduos. Acreditam que os antepassados podem influenciar o mundo dos vivos como guias ou protetores espirituais. No budismo, no xintoísmo e no confucionismo a reverência aos ancestrais é uma prática comum. Rezam para os espíritos dos antepassados possam alcançar a iluminação e a paz no ciclo de reencarnação. Celebram rituais especiais para honrar os ancestrais. A Igreja Messiânica, de origem japonesa, é uma das que fazem cultos para orar pelos antepassados.
Entre os povos indígenas, os ancestrais são vistos como fontes de sabedoria e proteção espiritual. Até mesmo no catolicismo, onde não se tem uma doutrina formal de veneração aos ancestrais, é celebrado o Dia de Finados, dedicado a honrar os mortos das famílias.
Árvore genealógica
A árvore genealógica é a representação gráfica e visual da linha do tempo e da relação de parentesco entre os membros de uma família, ao longo de várias gerações. Ela mostra como as diferentes gerações de uma família estão conectadas entre si, permitindo vislumbrar claramente os ascendentes (avós, bisavós, tataravós, etc) e os descendentes (filhos, netos, bisnetos, tataranetos, etc).
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Se formos regressarmos na árvore genealógica de nossa vida veremos que nossos antepassados foram muitos para que púdessemos chegar onde estamos hoje |