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| Macaco Tião ganhou fama e depois que morreu até uma estátua e virou nome de rua na cidade do Rio de Janeiro, além de quase ter sido eleito prefeito |
Parece
piada, mas não é. Insatisfeitos com os candidatos nas eleições de 1988, os
cariocas quase elegeram um chipanzé para prefeito. O macaco Tião entrou para o
Guinness, o livro do recorde, por chegar a 400 mil votos e ficado em terceiro
lugar na disputa entre 12 candidatos à prefeitura do Rio de Janeiro. Marcello Alencar foi eleito prefeito naquele ano, com 998 mil votos.
O
macaco Tião nasceu no Zoológico do Rio de Janeiro em janeiro de 1963. Recebeu
esse nome em homenagem a São Sebastião, padroeiro da cidade.
Em
pouco tempo ele se tornou uma das principais atrações do zoo e do povo carioca.
Quando filhote, ele passeava pelo zoológico de mãos dadas com seus tratadores e
visitava diariamente as salas da administração onde gostava de brincar com as
máquinas de escrever e com os aparelhos de telefone. Parecia um ser humano.
Com
personalidade de uma estrela, ele era meio rebelde, temperamental, explosivo,
mas ao mesmo tempo muito brincalhão, inteligente e carinhoso, especialmente com
as crianças. Seu esporte preferido era o tiro ao alvo, praticado com balas de
borracha com extrema pontaria certeira em bonecos de políticos e autoridades. Arrancava
risos do público com suas brincadeiras. Viveu como um solteirão convicto,
símbolo da irreverência e do jeito de ser do malandro carioca.
Sua
carreira política começou quando os humoristas da revista Casseta e Planeta,
que depois virou programa de televisão, lançaram uma campanha com seu nome como
forma de protesto contra os demais candidatos. Eles se inspiraram no
rinoceronte Cacareco que nas eleições de 1959 recebeu mais de 100 mil votos
para vereador em São Paulo. Tião conseguiu um feito histórico com expressiva
votação de 400 mil votos, Alcançou 9,5% dos votos dos cariocas.
Em
23 de dezembro de 1996, o chimpanzé mais querido do Brasil faleceu. Estava com
idade avançada para um macaco. Nesse dia o prefeito do Rio, Luiz Paulo Conde, decretou luto
oficial e as bandeiras foram hasteadas a meio mastro. A morte do macaco Tião
foi notícia no Brasil e no exterior, publicada na primeira página do jornal francês "Le Monde" e no "The New York Times".
No ano seguinte, Tião ganhou até uma estátua, instalada na Alameda Central do parque, que logo se tornou Alameda Macaco Tião.
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| O rinoceronte Cacareco, mesmo sem estar inscrito na disputa, foi o vereador mais votado nas eleições de 1959 para a Câmara Municipal de São Paulo |
