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Esta terça-feira é o Dia Nacional da Conscientização das Doenças Cardiovasculares na Mulher

 

Cardiologista Adriana Bellini Miola examina coração de paciente, no IMC

Cardiologista do IMC alerta que as mulheres precisam se cuidar mais, pois doenças do coração e vasculares já são a maior causa de mortes entre elas

Mulheres estão morrendo mais por causa de problemas no coração e doenças no sistema circulatório, ou seja, em veias e artérias. São estas as principais causas de mortes na população feminina, ultrapassando cânceres, como mama, útero e ovários, os principais motivos durante muitos anos. É para alertar sobre esta realidade que médicos, instituições e entidades de saúde se mobilizam nesta terça-feira, 14 de maio, o Dia Nacional da Conscientização das Doenças Cardiovasculares na Mulher.

As mulheres costumam ter doenças cardiovasculares mais tardiamente do que os homens, e buscam ajuda médica em fases mais avançadas, o que pode ajudar a explicar porque elas têm duas vezes mais chances de morrer de infarto do miocárdio (ataque cardíaco), segundo estudo apresentado no Congresso de Cardiologia da Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo (Socesp).

"Nós precisamos cuidar melhor do nosso coração e do nosso corpo como um todo e adotar hábitos que ajudam a prevenir as doenças cardiovasculares, com uma alimentação saudável e praticar atividade física", ressalta a cardiologista Adriana Bellini Miola, do IMC – Instituto de Moléstias Cardiovasculares, de Rio Preto. "Infelizmente, nós constatamos que as mulheres têm mais dificuldade do que os homens em mudar alguns hábitos para evitar fatores de risco, como obesidade abdominal, sedentarismo e diabetes", completa a cardiologista.

O alerta da Dra. Adriana é reforçado pelos resultados de estudos divulgados nos últimos anos. Segundo o estudo sobre a avaliação da Síndrome de Isquemia Feminina (chamado WISE - Women's Ischemia Syndrome Evaluation), uma a cada três mulheres morre por doenças cardiovasculares. Destas, 47% são em decorrência de doenças arteriais coronarianas, também conhecidas como infarto do miocárdio.

Outro estudo, publicado na revista Circulation, da Associação Americana do Coração, mostra que a mulher tem a tendência a desenvolver hipertensão em idades mais avançadas, sendo menos frequente até os 50 ou 60 anos. Depois da menopausa, no entanto, o risco aumenta, atingindo rapidamente o mesmo patamar que os homens – e ultrapassando-os a partir da sétima década de vida.

A cardiologista do IMC explica que as alterações hormonais da menopausa, como a diminuição de estrogênio e o aumento de andrógenos circulantes, provoca vários distúrbios lipídicos. Além disso, o excesso de gordura, principalmente abdominal, contribui para o desenvolvimento de resistência insulínica.

A atenção à saúde cardiovascular durante a gravidez e o período pós-parto também é fundamental, considerando o aumento da prevalência de condições como pré-eclâmpsia (25% nas últimas duas décadas), com repercussões de longo prazo na saúde feminina.

Já entre as mulheres mais jovens, o uso de contraceptivos combinados e a reposição hormonal sem indicação formal, associados ao tabagismo, representam uma combinação nefasta que aumenta o risco de trombose com consequências deletérias para o aparelho cardiovascular. 

A prevenção, portanto, é essencial, que envolve, além da adoção de hábitos de vida saudáveis, a consulta ao cardiologista ao menos uma vez por ano para realizar um check-up. Dra. Adriana explica que, no check-up, o médico realiza uma avaliação clínica completa, que inclui o histórico, a rotina e os hábitos do paciente, exame físico com a medida da pressão arterial, exames de sangue e de imagens. "Nesta avaliação, podemos diagnosticar doenças do coração mesmo antes dos sintomas aparecerem e tratá-las ainda no início, quando o controle da doença é melhor e as chances de obtermos resultados positivos são maiores", afirma a cardiologista.

E quando a mulher tem um problema cardiovascular, necessita de acompanhamento regular do médico, com controle rigoroso da pressão arterial, níveis de colesterol e diabetes, além do encaminhamento para reabilitação cardíaca em centro médico com infraestrutura e profissionais especializados.

Centro de referência na região noroeste, o IMC – Instituto de Moléstias Cardiovasculares conta com cardiologistas, angiologistas, cirurgiões cardíacos e vasculares e demais equipe multidisciplinar para cuidar da saúde da mulher. Se necessário, dispõem de equipamentos para exames e hospital com centro cirúrgico.

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