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Guaimbê é nome de planta, de córrego, cipó e de município

 

Vista aérea da praça central da cidade de Guaimbê, no interior paulista

Quando a jornalista Ananda Apple apareceu no programa Bom Dia São Paulo, apresentado por Rodrigo Bocardi, falando sobre a planta guaimbê, muitos moradores das regiões noroeste e centro-oeste do Estado prestaram atenção no nome dessa planta de folhagens verdes que pode atingir até 1 metro e meio de altura. É que a maioria dos moradores dessa região conhecem, pelo menos de passagem pela rodovia BR-153, o nome como sendo o de uma das cidades que fica entre as cidades de Lins à Marília.


Ananda Apple, gaúcha de Porto Alegre, se especializou, faz anos, em assuntos ligados à natureza, ecologia e paisagismo. É repórter de televisão e apresenta a coluna Quadro Verde desde 1998 nos telejornais Bom Dia São Paulo e SPTV. Ananda explicou que cultivar a planta guaimbê é simples. Também conhecida como banana-de-macaco, ela é uma planta da família das aráceas, com enormes folhas em formato de coração, de margens onduladas, bastante chamativas.


O guaimbê é uma planta nativa do sul do Brasil, Paraguai e Argentina, onde cresce preferencialmente em matas e áreas pantanosas. É considerada também como uma planta trepadeira por crescer sobre suportes, como troncos de árvores. Apresenta raízes éreas que auxiliam sua fixação.


Município de Guaimbê

 

Já o topônimo Guaimbê é derivado do córrego do mesmo nome, que passa próxima à zona urbana municipal do município, situado a 467 km da capital paulista, 41 km de Marília, 36 de Lins e a 12 km de Getulina. Segundo os moradores da cidade, o nome do córrego é de origem tupi-guarani e significa “cipó de amarrar” ou “cipó Imbé”.

 

Segundo consta a história, as terras de uma fazenda do Dr. João Domingos Sampaio, localizadas entre os rios Aguapei e Tibiriçá, começaram a ser colonizadas em 1923. Para isso foi contratado o engenheiro Kazuo Hakaishima, auxiliado por Shuhei Uetsuka e Uamani Kaniti, com ajuda dos primeiros imigrantes japoneses na região, para derrubarem as matas e construírem as primeiras estradas e lotear os primeiros terrenos, nas margens do córrego Guaimbê.


Inicialmente o local ficou conhecido como Núcleo Colonial Uetsuka, que anos depois mudou o nome para Vila Sampaio, em homenagem ao antigo proprietário das terras. Posteriormente foi adotado o nome Guaimbê, devido ao córrego. Ao longo do tempo, pessoas de outras origens, como italianos, mineiros e nordestinos também aportaram e fixaram residências no município.


Em 12 de junho de 1934, o povoado de Guaimbê foi elevado à categoria de distrito. Inicialmente subordinado ao município de Lins. Dez anos depois, pelo Decreto Estadual nº 14.334, de 30 de novembro de 1844, passou a fazer parte do recém criado município de Getulina, nome dado pelo engenheiro Aristides Mercês para homenagear sua companheira Getúlia, que o acompanhou no desbravamento das matas na região do Noroeste paulista.


Outros dez anos se passaram e, em 30 de novembro de 1953, por meio do Decreto Lei-Estadual nº 2.456, Guaimbê se tornou município, emancipando-se de Getulina. A instalação ocorreu em 1º de janeiro de 1955, com a posse do primeiro prefeito, Osires Souza e Silva. Em 1959 foi criado o distrito de Fátima, que passou a fazer parte do município de Guaimbê. O município possui cerca de 5.500 habitantes e área de 217 km². A atual prefeita é Márcia Helena Pereira Cabral Chiles, do PSDB, leia em 2020 com 61,92% dos votos válidos.


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Vista aérea da cidade de Guaimbê, na região Noroeste Paulista

A exuberante planta guaimbê que pode chegar a 1 metro e meio de altura

Letreiro com o nome do município marca a entrada da cidade para os viajantes que passam pela rodovia BR-153

A planta Guaimbê possui folhas largas e verdes



 

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