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Museu da Maçonaria expõe réplica da pena usada pela Princesa Isabel para assinar a Lei Áurea

 

Réplica da Leia Áurea e da pena de ouro usada pela Princesa Isabel

 Nelson Gonçalves, Editor da Folha2


Uma réplica da pena usada pela Princesa Isabel em 13 de maio de 1888 para assinar a Lei Áurea está exposta, em Brasília, no museu da sede do Grande Oriente, potência mais antiga da Maçonaria brasileira. A original, que pesa 13 gramas e feita de ouro maciço, tem 27 diamantes e 25 pedras vermelha, está exposta no Museu Imperial de Petrópolis, na região serrana do Rio de Janeiro.

A réplica exposta desde 1995 no museu maçônico. Não se sabe ao certo como ela foi parar lá. Mas deduz-se que algum maçom ligado à família dos Orleans e Bragança tenha conseguido autorização para mandar confeccionar uma cópia da peça original. A verdadeira foi adquirida em 2006 e, segundo consta no site do Museu Imperial, custou R$ 500 mil ao Ministério da Cultura. Ela foi comprada de Dom Pedro Carlos de Oliveira e Bragança, bisneto da princesa. Além de ser vista durante a visitação no Museu, ela também faz parte do acervo digitalizado da instituição que está disponível na internet.

Inaugurado em 1995, o Museu Maçônico Ariovaldo Vulcano (MMAV) tem como objetivo a preservação do patrimônio histórico cultural da Maçonaria brasileira. O museu leva o nome de um maçom que foi médico, diretor da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e um dos líderes da maçonaria brasileira tendo presidido o Supremo Conselho do Grau 33. Natural de Bragança Paulista, Ariovaldo Vulcano se destacou por seus estudos, pesquisas e trabalhos maçônicos. O uso da gravata borboleta era uma de suas peculiaridades. Ele faleceu, de infarto fulminante, aos 73 anos, no dia 19 de outubro de 1988.

O museu, além da réplica da pena usada pela Princesa Isabel para assinar a Lei Áurea, abriga um acervo com mais de 6500 objetos. Dentre eles estão obras, atos e documentos sobre a Abolição da Escravatura, além da maior coleção de medalhas maçônicas no Brasil, bem como selos, documentos históricos dos séculos 18 e 19, obras de arte, paramentos antigos, objetos ritualísticos e comemorativos. No museu também está em local de destaque a galeria de todos os ex-presidentes do Grande Oriente do Brasil (GOB), começando por José Bonifácio de Andrada e Silva, seu primeiro presidente e também os quadros dos 12 presidentes da República que foram maçons: Marechal Deodoro da Fonseca, Floriano Peixoto, Prudente de Moraes, Campos Salles, Nilo Peçanha, Hermes da Fonseca, Wenceslau Brás, Delfim Moreira, Washington Luís, Café Filho, Nereu Ramos e Jânio Quadros. Não figura quadro do ex-presidente Michel Temer, que também foi iniciado na ordem.

Também está exposto no museu um disco de vinil com músicas utilizadas nos rituais maçônicos no Século 18. O disco, que apresenta obras de Beethoven Mozart e Himmel, entre outros compositores, foi distribuído no Brasil, na década de 1970, pela Grande Loja da França. Entre algumas curiosidades estão três exemplares do Rito Brasileiro, criado na década de 1940 na gestão do Grão-Mestre Lauro Sodré, mas que acabou incialmente não se desenvolvendo como o esperado.

O Museu Maçônico Ariovaldo Vulcano está aberto à participação de todos os interessados pela história da Maçonaria. Mas é bom agendar antes a visita por telefone. A reportagem da Folha2 esteve, sem agendamento, por duas vezes no local e não conseguiu entrar. Somente na terceira tentativa após agendamento conseguiu visitar o museu. O Museu Maçônico Ariovaldo Vulcano (MMAV) está instalado num prédio anexo à sede do Centro Cultural do Grande Oriente do Brasil (GOB) e funciona de segunda a sexta-feira, das 9h às 12 e das 13h às 17h.

Para mais informações e agendamento d visitas, entre em contato por meio do e-mail museu@gob.org.br ou pelo telefone (61) 3034-9892. Endereço é SGAS Quadra 913, Conjunto H, Avenida W5 Sul, Asa Sul, 70390-130, Brasília-DF.

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Centro Cultural do GOB, onde está localizado o Museu Maçônico Ariovaldo Vulcano

Ficha de filiação de Jânio Quadros mostra que ele foi iniciado em 7 de agosto de 1946 na Loja Libertas, em São Paulo. Em 2 de abril de 1947 foi exaltado ao grau de mestre

Exemplares dos primeiros rituais do Rito Brasileiro

Galeria mostra quadros com 12 presidentes da República que eram maçons

Réplica da pena usada pela Princesa Isabel, exposta no Museu da Maçonaria em Brasília

Está no Museu a maior coleção de medalhas e colares maçônicos do Brasil

O Museu conta, por meio de quadros e gravuras, a participação da Maçonaria na libertação dos escravos

Entrada do Museu Maçônico Ariovaldo Vulcano, em Brasília

Paramentos utilizados pelos maçons nos séculos 18 e 19 estão no museu

A participação de maçons na Abolição dos Escravos é destacado no Museu Maçônico

Sede do Grande Oriente do Brasil, onde, num prédio anexo, está o Museu Maçônico

Sede do Centro Cultural do GOB, onde está o Museu Maçônico Ariovaldo Vulcano (MMAV)

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