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É preciso cuidado para não cair em golpes de falso emprego pela internet |
Se tornou febre nos últimos dias o golpe da oferta
de falso emprego pela internet. A proposta fraudulenta chega às vítimas via SMS
e Whatsapp com propostas de empregos mirabolantes em empresas de grande nome
como Amazon ou agências famosas de publicidade e negócios.
Para dar mais credibilidade às chamadas elas
chegam até a vítima com o prefixo +62. A primeira impressão que se tem é que
está recebendo uma chamada de Goiânia ou de cidades dos arredores da capital de Goiás. Mas é puro engano. Se as pessoas prestarem um pouco mais de atenção irão
ver que o número possui 14 dígitos, enquanto a quantidade normal, em qualquer
região do Brasil, é de 11 dígitos. São três dígitos a mais porque o +62 que
antecede o número do celular é o prefixo de todos os telefones da Indonésia, país
localizado no sudoeste da Ásia.
A cabeleireira Marisa Santos recebeu, num mesmo
dia, três propostas de emprego fácil por mensagens, vindo de números estranhos
em seu celular. Esperta, ela desconfiou das propostas que prometiam alta
remuneração sem que precisasse sair de casa. Ela pediu ajuda para um amigo
jornalista e um policial que a esclareceram sobre a tentativa de golpe cibernético.
A mensagem do golpe falso de emprego geralmente é
enviada por usuários desconhecidos e acompanha descrição da vaga, que
normalmente oferece alto salário e poucas horas de trabalho. Se a pessoa se
interessar eles enviam um link, que emita a página oficial da empresa
relacionada à oferta para garantir “legitimidade”. Ao ser aberto, site solicita
que o usuário forneça suas informações pessoais diversas, como nome, CPF, data
de nascimento, credenciais de redes sociais e até dados bancários. Assim ao ter
posse das informações, os criminosos conseguem, por exemplo, realizar
diferentes tipos de golpes, como clonagem de cartão ou login em aplicativos.
Ao final do preenchimento, a página falsa ainda
pode pedir para que o usuário compartilhe a vaga com amigos em grupos de
Whatsapp, alegando que também conseguirão uma oportunidade na empresa. Assim,
mais do que um simples golpe, funciona como um esquema de uma corrente para que
o internauta ajude os golpistas.
A fraude, porém, não para por aí. Em alguns casos,
ela gera danos financeiros de maneira direta. Isso porque, dependendo da
situação, o golpista informa que só é possível iniciar no suposto cargos após a
conclusão de um curso de treinamento online, que, para fazer, o usuário deve
pagar uma taxa. Feita a transferência, os criminosos encerram o contato e a
pessoa perde o dinheiro investido.
Existe também a possibilidade de os golpistas ao
pedirem para o usuário baixar algum link, fazer com que seja instalado algum
software malicioso de espionagem para subtrair senhas e, lógico, fazer saques em
contas bancárias.
Falso bancário
Outro golpe bastante comum e que tem feito algumas
vítimas em diversas cidades é o recebimento de ligações ou de mensagens de
alguém fazendo-se passar por funcionário do banco onde a pessoa possui conta.
Infelizmente muitos bandidos conseguem ter acesso ao cadastro dos bancos e
ligam para as pessoas já sabendo seu número de conta, agência e dados pessoais.
Como só falta eles descobrirem a senha eles
inventam alguma estória estranha, dizendo que clonaram o cartão da vítima e
fizeram compras com valores exacerbados. Para que esses valores sejam
cancelados, os espertalhões dos bandidos encaminham links direcionando o cliente
para site falso, idêntico ao utilizado pelo banco é lhe é solicitado para
digitar a senha da conta. E é justamente aí que mora o perigo e se concretiza o golpe. Com a senha em mão fica fácil para eles efetuarem compras em diversos estabelecimentos, fazer transferências e saques da conta.
No caso das falsas ofertas de emprego basta verificar
a veracidade ligando para a própria empresa. A mesma coisa tem que ser feita
com as mensagens que dizem ser dos bancos. Deve-se ligar ou comparecer
pessoalmente em sua agência bancária.
Se você clicou em algum link seria importante instalar
um antivírus no seu celular ou computador para fazer uma varredura e detectar
links maliciosos. Há também outras maneiras, e gratuitas, de descobrir se um
site pode ser perigoso, se inserir o link recebido em páginas de análise, como
o dfndrlab.
É preciso desconfiar de sites não conhecidos que não possuem a terminação “br”, pois geralmente são sites registrados fora do Brasil em países de difíceis acesso ou sem legislação para descobrir quem são os proprietários desses sites. Sites que postam notícias falsas e visam monetização de ganhos são os mais suscetíveis também para propagar links que levam a sites para colher dados pessoais ou instalar ferramentas maliciosas nos celulares e computadores.
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Golpistas utilizam telefone da Indonésia, com prefixo +62 para simular DDD de Goiânia |
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Golpistas pedem para as pessoas acessarem link |