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Fachada da Faculdade de Direito do Largo São Francisco, no Centro de São Paulo, anuncia para 11 de agosto a leitura do manifesto em Defesa da Democracia brasileira |
Até
o final da tarde desta quarta-feira (10) mais de 891 mil pessoas tinham
assinado a carta em defesa da democracia e do processo eleitoral, divulgada
pela Faculdade de Direito da USP (Universidade de São Paulo). Oito dos 12 candidatos
a presidente da República nas eleições deste ano assinaram o documento, lançado
depois de seguidos ataques do presidente Jair Bolsonaro (PL) contra as urnas
eletrônicas e ao sistema eleitoral brasileiro.
A
carta foi assinada pelo ex-presidente Lula (PT), por Ciro Gomes (PDT). Simone
Tebet (MDB), Felipe D’Ávila (Novo), Soraya Thonike (União Brasil), Sofia Manzano
(União PAopulat0 Leonardo Péricles (Unidade Popular) e José Maria Eymael (Democracia
Cristã). Os ex-presidentes Fernando Henrique Cardoso (PSDB) e Dilma Rousseff
(PT) também já tinham assinado.
Os
nomes de quem assinou a carta podem ser conferidos pelo sistema de busca da
página. Segundo os responsáveis pela coleta de dados, nomes de políticos,
autoridades, atletas e celebridades passam por uma checagem e confirmação feita
junto aos respectivos assessores.
A
carta ganhou também destaque fora do Brasil e por isso tem versões dela em
inglês, francês, italiano, espanhol e alemão. Os Estados Unidos, depois do
Brasil, são o segundo país com maior número de acessos, seguido por Portugal,
Reino Unido e Alemanha.
Ataques
hackers
Desde
quando o documento foi lançado, o site da carta em defesa da democracia já sofreu
mais de 1.400 tentativas de ataques de hackers, informou o procurador geral do
Ministério Público de Contas de São Paulo, Thiago Pinheiro Lima, um dos
organizadores da inciativa.
“Tentam
invadir o sistema e tentam principalmente derrubar o site”, informou. “Pelo que
soubemos, colocaram nosso site na deep web e estão incentivando as pessoas a derrubar
o site por lá. Eles estão usando palavras de baixo calão, xingamentos,
agressões, e tentam se inscrever por outras pessoas, para depois deslegitimar a
lista’, contou o procurador ao site G1.
Para
Pinheiro Lima, as tentativas de ataques já eram esperadas, e mecanismos de segurança
que funcionam 24 horas por dia já vêm conseguindo impedi-las de acessar o sistema.
Além disso, os organizadores estão conseguindo rastrear e identificar as
origens dos ataques e novas providências serão tomadas.
As
pessoas interessadas em assinar o documento poderão fazê-lo online pelos sites
da Faculdade de Direito da USP, da Associação de Juízes Federais, Associação do
Ministério Público e do Grupo Preeogativ.