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Os brasileiros merecem melhores serviços públicos

 

Marina Helena Santos, durante entrevista (Foto: Larissa Bastos/JCNet)


 O Movimento Brasil Sem Privilégios, liderado pela economista Marina Helena Santos, recolhe assinaturas da população para apresentação de projeto de lei de inciativa popular para barrar supersalários da elite do funcionalismo público e tentar acabar com certos privilégios. Ela, que faz parte do Instituto Millenium e possui mais de dez anos de experiência no mercado financeiro, tem viajado por diversas cidades para alertar que a elite do funcionalismo recebe muito mais do que teto constitucional limitado a R$ 39,9 mil mensais.

Segundo a economista esses altíssimos salários não faz nenhum sentido no Brasil de hoje, com mais de 13 milhões de desempregados e muitos brasileiros passando fome e necessidades. Na semana passada, graças a essa pressão, a Comissão de Constituição e Justiça da Câmara aprovou a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 163, que tramita desde 2012 no Congresso Nacional, que acaba com a aposentadoria compulsória como punição aos juízes. Hoje, quando um juiz comete um crime, ele é “punido” com o direito de receber sem trabalhar.

“O Brasil precisa com urgência acabar com privilégios do funcionalismo, diminuir o gasto público e buscar um Estado eficiente, que ofereça um bom serviço à população”, diz a economista. Segundo ela, mais da metade dos impostos arrecadados vão para os 20% mais ricos, enquanto apenas 5% para os 20% mais pobres. O Brasil possui carga tributária maior do que os Estados Unidos e Austrália, mas oferece serviços públicos de qualidade muito inferior.

Os supersalários em todos no funcionalismo público não tem limites, resultando em remunerações de centenas de milhares de reais em diversas esferas do governo. A petição pública, que até ontem já tinha mais de 54 mil assinaturas, pede o fim dos penduricalhos incorporados aos salários dos servidores, como adicionais por cargos temporários de chefia, promoção automática ou licença-prêmio.

Pede também o fim das férias com mais de 30 dias, fim dos aumentos retroativos, fim da aposentadoria como modalidade de punição para corruptos e o fim da estabilidade de emprego no setor público para que a demanda de serviços tenha mais agilidade e rapidez na tomada de decisões.

Recente pesquisa do Datafolha mostrou que 88% dos brasileiros concordam que funcionários públicos com desempenho ruim devem ser demitidos. A estabilidade no emprego tem criado situações inacreditáveis. O Governo Federal gasta R$ 400 milhões por ano com três mil datilógrafos. No total, 69 mil servidores de cargos extintos ou em extinção, como, por exemplo operador de telegrafo e ascensorista, custam ao pagador de impostos mais de R$ 8 bilhões por ano.

Quem quiser a petição que pede o fim dos supersalários no funcionalismo público, pode acessar o link abaixo:

https://brasilsemprivilegios.com.br/

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