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Índios no Brasil estão esparramados em 305 etnias e falam 274 dialetos |
Dezenove de abril comemora-se no Brasil o Dia do
Índio. A data foi instituída em 1943 pelo presidente Getúlio Vargas. O Marechal
Cândido Rondon, que tinha origem indígena por seus bisavôs, foi quem convencera o presidente a criar a data e o
Serviço de Proteção ao Índio, que depois viria a se tornar a atual Funai
(Fundação Nacional do Índio). O vice-presidente da República, general Hamilton
Mourão (PRTB), possui descendentes indígenas. Sua avó materna era índia.
Segundo o censo demográfico do IBGE (Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística) de 2010, existem no Brasil cerca de 830
mil índios, esparramados por 305 etnias que falam 274 línguas diferentes. O
número, segundo o IBGE, é 90% menor do total de índios existentes na época do
descobrimento.
Atualmente, segundo a Funai, existem no Brasil 462
terras indígenas demarcadas e regularizadas, o que representam 12% do
território brasileiro. Os índios estão espalhados por todo o país, mas com
concentração maior na Amazônia. Colômbia, Peru, México, Bolívia e Paraguai são
alguns dos países latinos que também possuem índios. Estados Unidos com cerca
de 2 milhões, Canadá e Austrália com 1 milhão, cada país, também possuem povos nativos
em seus territórios.
No Estado de São Paulo estão concentrados cerca
de 37 mil índios. As aldeias mais conhecidas são as localizadas em Avaí, na
região de Bauru, e Tupã, região de Marília. Mas também tem índios morando no
litoral e na Grande São Paulo. Reza a lenda que boa parte da mão de obra do
estádio do Morumbi era dos índios e que muitos deles, após a conclusão da obra,
acabaram ficando pelas imediações do estádio. As sobras de terra dos
loteamentos do rio Pinheiro acabaram sendo ocupadas pelos indígenas, formando
assim uma favela, inicialmente chamada de “favela da mandioca’ e posteriormente
com o nome do bairro Parque Real, onde vivem 170 famílias indígenas.
O general Hamilton Mourão, que confirma ser
descendente de índios, falou numa entrevista em 2018 que o Brasil herdou a “indolência”,
ou seja, o oportunismo, dos indígenas e a “malandragem” dos negros. A avaliação,
não muito bem compreendida por muitos, foi criticada por alguns e, ao mesmo
tempo elogiada por outros.