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Café, considerado como o "ouro preto", foi símbolo da riqueza do Brasil |
Quatorze de abril é comemorado
o Dia Mundial do Café. O café é um brinde que acompanha todas as manhãs a vida
dos brasileiros. O café, conhecido como o “ouro preto”, serviu de fonte de inspiração
para e inúmeras canções e até para batizar cidades no interior paulista e norte
do Paraná, no começo do Século 19.
O Brasil é o maior
produtor da bebida e o segundo maior consumidor do mundo. Só perde para a Finlândia,
país europeu onde cada habitante consume 12 quilos da bebida por ano.
O produto faz parte da
rotina e da história de milhões de brasileiros. Está presente na primeira
refeição do dia, durante o horário de trabalho ou até em eventos especiais nos
fins de semana.
“A pessoas não conseguem
entender porque elas tomam café, mas elas tomam todos os dias”, diz Victor
Átila, barista que é dono de uma cafeteria em Brasília. Barista é o
profissional especializado em avaliar a qualidade dos cafés.
A nutricionista Valéria
Paschoal explica que os efeitos do café na saúde são diferentes em cada pessoa.
“Há pessoas que tomam o café em pequenas quantidades e não tem nenhum problema.
Outras têm impacto na saúde, como maior hiperatividade, dificuldade de ter relaxamento,
mas é coisa individual”, comenta a nutricionista.
Segundo ela, em termos
gerais, estudos mostram que até 360 miligramas, o que equivalente a seis
xicaras de cafezinho por dia, não tem consequência nenhuma na saúde. “Há estudos
mostrando que, para crianças tomar café pela manhã, pode ter benefícios na
atividade cognitiva”.
Outras pesquisas
demonstram que o cafestol, o fotoquímico presente no café, tem atividade antioxidante
na prevenção de várias doenças. A cafeína, nas quantidades certas, evita a
depressão e o mau humor.
História
Alguns historiadores afirmam
que a origem do café é a Etiópia, outros a Turquia ou Pérsia. O fato é que foi
descoberto por acaso. Segundo a lenda, um criador de ovelhas, vendo que os
animais ficavam mais espertos quando comiam aquela frutinha vermelha resolveu
experimentar. E pronto. Descobriu sem querer essa maravilhosa bebida.
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A planta do café é alvo de curiosidade dos estrangeiros que vem ao Brasil. Todos querem conhecer as plantações de café, já que em seus países não existe |
Paixão nacional, símbolo
de riqueza e desenvolvimento no Brasil, o café chegou por aqui de uma forma,
digamos, extra oficial. Foi contrabandeado das Guianas Francesas.
Por volta de 1727, o
sargento-mor Francisco de Melo Palheta recebeu a “missão secreta” do então governador
do Pará, João da Maia Gama, para trazer, escondido em sua bagagem, algumas
sementes que deram origem as primeiras mudas da planta em solo brasileiro.
Café nas artes
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O café já foi retratado em verso e prosa em diversas músicas |
O café, faz literalmente,
o mundo funcionar. A bebida, além de ter ajudado a acelerar o desenvolvimento
econômico do Brasil e de muitos outros países, foi o combustível necessário
para manter os criativos artistas inspirados, sejam eles da pintura, da
literatura, do cinema, e claro, da música.
A Folha do Povo, numa
rápida pesquisa por diversos sites, conseguiu localizar 55 músicas que tem como
título a palavra café. Desde a celebre canção “Meu Cafezal em Flor”, de Luz
Carlos Paraná, composta nos anos 50 e gravada por Dino Franco Inezita Barroso e
pela dupla Cascatinha & Inhana, até vários sucessos de Roberto Carlos,
Vinicius de Moraes e compositores mais recentes.
Vinicius de Moraes compôs na
era da bossa nova o “Samba do Café”. Roberto Carlos em 1978 a famosa romântica “Café
Manhã”, dedicada em versos e prosa para os casais enamorados. Nana Caymmi
compôs “Café com Pão”, Clemilda “Borra de Café”, Jorge Bem “Café Preto”, Supla “Cafezinho”,
a banda de rock lançou em 2012 a música “Café em Sol Maior”, em 2013 Martinho
da Vila gravou “Café com Leite” e assim tem várias músicas falando dessa paixão
nacional. Até Frank Sinatra e Bo Marley gravaram, respectivamente, nos anos 60,
“The Coffe Song” (A Canção do Café) e “One Cup Off Coffee” (Uma xícara de café).
Nome e apelido
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A figura de Café Filho, ex-presidente do Brasil, era para ter sido estampada nas notas de 50 reais, foi substituída pela onça pintada |
De acordo com o Instituto
Geneológico existem atualmente no mundo 52 famílias, espalhadas principalmente
pelo Brasil, Argentina, Alemanha e Dinamarca, que carregam o sobrenome Café. Só
no Brasil são 17 famílias que possuem o sobrenome Café. O filho mais ilustre
dessa família foi o potiguar João Fernandes Campos Café Filho, que foi vice-presidente
da República e depois substituiu Getúlio Vargas no poder quando esse se suicidou.
O engenheiro agrônomo Celso
Eduardo Mendes Parra carregou, durante os tempos de faculdade em Paraguaçu
Paulista, o apelido de "Café", devido ao fato de ter nascido na cidade paulista de Cafelândia. "Na época quase toda a turma da faculdade me conhecia pelo apelido", lembra. A
grande Cafelândia no começo do século 19 abrigava como seus distritos as
cidades de Lins e Marília.
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Cidade de Cafelândia, terra natal do engenheiro agrônomo Celso Mendes Parra, que por isso carregou o apelido de Café nos tempos de faculdades |
Grande Celso Eduardo Mendes Parra, meu querido tio!
ResponderExcluirAbraço!
Bruno Picchi
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