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Barroso toma posse no TSE criticando as "milicias digitais" que disparam fake news

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Novo presidente do TSE afirma que é preciso armar o povo com educação, cultura e amor
O ministro Luís Roberto Barroso assumiu nesta segunda-feira, dia 25, a presidência do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), dirigindo discurso com palavras de solidariedade às famílias que perderam entes querido com a pandemia do coronavírus, pela perda do emprego e da renda. “Precisamos armar o povo com educação, cultura e ciência”, afirmou.

Reconhecendo que a Justiça Eleitoral deve enfrentar o desafio de combater as campanhas de desinformação, difamação e o ódio, Luis Roberto Barroso alertou que os principais atores no enfrentamento às fakes News “há de ser as mídias sociais, a imprensa profissional e a própria sociedade”.

“Neste particular – disse Barroso -, vamos precisar de um resgate da boa-fé, da regra de ouro: não fazer aos outros o que não gostaria que fizesse consigo. Assim, não dá para repassar a notícia inverídica sobre o candidato rival e depois se indignar quando fazem o mesmo com o candidato da própria preferência. Também aqui precisamos de avanço civilizatório e evolução espiritual”.

Milícias digitais

Para o novo presidente do TSE, a imprensa desempenha papel importante no combate ás fake news (informações intencionalmente falsas) espalhadas pelas redes sociais. “A internet permitiu a conexão de bilhões de pessoas pelo mundo afora em tempo real, dando lugar a fontes de informações independentes e aumentando o pluralismo de ideias em circulação. Porém, na medida em que as redes sociais adquiriram protagonismo no processo eleitoral, passaram a sofrer a atuação pervertida de milícias digitais, que disseminam o ódio e a radicalização. São terroristas virtuais que utilizam como tática a violência moral, em lugar de participarem do debate de ideias de maneira limpa e construtiva”.

Imprensa profissional

Segundo o ministro, as plataformas digitais como Google, Facebook, Instagram, Twitter e Whatsapp podem valer-se da própria tecnologia e de suas políticas de uso para neutralizar a atuação de robôs e comportamentos inusuais. “É necessário esforço comum de todas elas para impedirem o uso abusivo que importa em degradação da democracia”, disse o ministro. 

“E, mais do que nunca, nós precisamos de Imprensa profissional, que se move pelos princípios éticos do jornalismo responsável, capaz de separar fato de opinião, e de filtrar a enorme quantidade de resíduos que circula pelas redes sociais. Também as empresas de verificação de fatos passaram a ter papel decisivo na qualidade do debate público, em busca da verdade possível, ainda que plural. A Justiça Eleitoral, por sua vez, terá grande empenho no sentido de informar e conscientizar as pessoas alertando-as a não crer acriticamente em toda informação que recebem, e, sobretudo não repassá-las irresponsavelmente”.

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