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Ex-prefeito Gusto Fajan agora cuida da fábrica de tintas Novar, que pertence a um dos sobrinhos dele |
O pedido de reexame das
contas e do parecer contrário emitido pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE)
às contas de 2017 do ex-prefeito Gusto Fajan (DEM) foi, mais uma vez, negado.
Desta vez o auditor Antonio Arlindo Fialho manifestou-se, no último dia 18 de fevereiro,
pelo não provimento do pedido do reexame das contas e do parecer. Com essa decisão encerra-se por vez a pretensão do ex-prefeito voltar a comandar a Prefeitura de Nova Aliança. O mandato dele foi cassado no ano passado.
Em 3 de setembro de 2019 a
Segunda Câmara do TCE emitiu parecer prévio desfavorável à aprovação das contas
do ex-prefeito. A rejeição ocorreu porque, em síntese, o ex-prefeito gastou
59,11% da Receita Corrente Líquida (RCL) com a folha de pagamento de
servidores, quando o limite máximo estipulado pela Lei de Responsabilidade
Fiscal (LRF) é de 54%.
Em seu despacho, Fialho
alegou que ao consultar o sistema de acompanhamento das contas constatou que o
excesso verificado em 2017 não foi eliminado no primeiro quadrimestre de 2019,
quando o índice de gastos com a folha de pagamento atingiu o montante de 55,80%
da receita corrente líquida do município.
Além disso, escreveu
Fialho, no apelo apresentado não foi apresentado quaisquer elementos que
ensejassem novos cálculos no sentido de rever o percentual de 59,11% da RCL no
exercício de 2017.
O ex-prefeito disse que já
esperava esse posicionamento do TCE e que recorreu da decisão apenas para
tentar provar sua inocência. “O erro não foi meu” tornou a frisar o
ex-prefeito, culpando os contadores da época que, segundo ele, não fizeram a
prestação de contas certa de como deveria ser. Afirmou ainda que deixou a prefeitura de cabeça
erguida. “Quem me conhece sabe que não roubei, não peguei nada da prefeitura. Entrei
e sai da prefeitura morando na mesma casa. Posso andar tranquila pelas ruas da
cidade com a minha consciência tranquila”.
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Nova Aliança