* Nelson Gimenez Ribeiro
Que a saúde é o bem maior da vida de
cada pessoa, isto não resta dúvida! As ações para preserva-la em todo e
qualquer tempo tem que ser prioridade, em tempos de pandemia como estamos
vivendo muito mais!
Na minha humilde visão de um cidadão
brasileiro, assustado com o que estamos vivenciando, penso que o governo
acertou nas medidas de proteção adotadas para que o impacto do COVID-19 venha
ser o menor possível no nosso país.
Quando vemos o ocorrido principalmente
na China, Itália e Espanha onde o número de mortes e infectados atingiram milhares
de cidadãos, temos a dimensão da gravidade deste temeroso vírus.
No Brasil até o momento o número de óbitos,
pessoas infectadas e de casos suspeitos anunciados pelo Ministério da Saúde é
bem inferior ao de outros países, claro que preocupante e exigindo medidas para
impedir o avanço deste mal em terras brasileiras.
Seguindo orientações da OMS, e usando
de experiências bem sucedidas em outros países, as medidas adotadas no Brasil
para impedir a disseminação do vírus, embora acertadas, trouxeram outro sério
problema para os brasileiros e certamente o mesmo ocorrerá nos outros países
exigindo a intervenção dos governos para controlar o impacto na área econômica.
O impacto das medidas de proteção adotadas
pelos governantes como a paralisação de algumas atividades comerciais e de
eventos, de maneira presumível atingiu a vida das empresas principalmente das
pequenas e consequentemente dos trabalhadores.
Escolher entre a vida e a economia
obviamente que a escolha tem que recair sobre a vida! No entanto com o passar
dos dias da quarentena vai se evidenciando o impacto das medidas adotadas sobre
a economia, também necessária, à sobrevivência humana. A preservação do emprego
e renda são garantias indispensáveis para o bem estar das pessoas.
É difícil a situação, é preciso o
isolamento social como forma de reduzir a disseminação, por outro lado também é
preciso a garantia do trabalho e renda para o sustento das famílias.
Diante da realidade que estamos
vivendo, podemos ver pelos meios de comunicação o embate que se instalou entre
o Presidente e os Governadores por conta do caos gerado pelo vírus, cada qual
com o seu ponto de vista.
Sem entrar no mérito da pessoalidade
cabe observar que as medidas adotadas seguem recomendações da OMS, portanto não
devem ser contrariadas como proposta de um dos lados e sobre quem recai a
responsabilidade da condução do enfrentamento desta crise. A bem da verdade a preocupação do nosso
Presidente com a questão econômica é plausível, e precisa mesmo ser
considerada, porém deve ser colocada em
consonância ao momento que vivemos, buscar alternativas viáveis para a situação
é o mais apropriado em beneficio da população.
Além da crise que vivemos o que torna
mais preocupante no embate entre as autoridades governamentais é o desvio da
causa para o contexto político.
Este é o momento que exige de todos, cautela
e o esforço na busca para a proteção contra o vírus e paralelamente medidas na
área econômica que possa assegurar a retomada econômica durante e após a crise
da pandemia, afim de que os respiradores instalados não venham servir aos
empresários falidos, e ao socorro dos desempregados.
É prioridade cuidar da saúde da
população evitando uma catástrofe como a que esta ocorrendo mundo afora, da
mesma forma é preciso preservar os empregos que mesmo antes do COVID-19 já
contava com milhões de desempregados.
Garantir trabalho e renda é uma forma
de proteger a saúde da população, não deixando que no futuro falte o pão nas
mesas das famílias brasileiras.
Neste momento não cabe o jogo
político, juntos pelo bem da Pátria, Presidente e Governadores, devem estar
unidos buscando soluções no enfrentamento da pandemia já pensando nos efeitos
dela sobre a economia para que o país não venha ter outra grande crise, a
econômica, cuja consequência afetará especialmente os mais pobres.
Adolfo, 26 de março de 2020
* Nelson Gimenez Ribeiro é vice-prefeito de Adolfo - SP
Tags
Artigo